LOC.: O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, de 2023. Essa é a legislação que define as metas e prioridades dos gastos públicos. O texto aumenta em oitenta e dois reais o valor do salário mínimo, que a partir do ano que vem será de mil duzentos e noventa e quatro reais.
A LDO sancionada também prevê inflação de três vírgula três por cento pelo IPCA e crescimento de dois e meio por cento do PIB. A previsão para a Selic, a taxa básica de juros, está em dez por cento.
Um dos vetos de Bolsonaro é sobre a possibilidade de alteração da meta de resultado primário do governo. O economista Newton Marques explica.
TEC./SONORA: Newton Marques, economista.
“É justamente receita menos despesa, descontados juros pagos e recebidos. O Congresso aprovou uma medida que projetasse o IPCA e que houvesse alteração dessa meta de resultado primário, o que não foi contemplado nessa LDO.”
LOC.: O Executivo vetou alguns dispositivos da LDO por entender que os gastos ultrapassam limites que poderiam comprometer a meta fiscal para 2023,
Entre eles, estão a possibilidade de alteração da meta de resultado primário do governo, reajuste e reestruturação de carreira de policiais federais e a possibilidade de organizações sociais receberem recursos de transferências por meio de termo de colaboração ou de fomento, de convênio ou outro instrumento celebrado com entidade filantrópica ou sem fins lucrativos.
O economista César Bergo explica o funcionamento dos vetos do Executivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
TEC./SONORA: César Bergo, economista.
“Na sua boa parte, os vetos atingiram itens que foram acrescentados pelos parlamentares com base no entendimento que os gastos poderiam comprometer recursos para programas considerados mais importantes pelo governo. Na sua maioria, os vetos do presidente visam adequar o cumprimento das metas fiscais de superávit previsto.”
LOC.: A LDO vai voltar ao Congresso Nacional em data ainda não definida e os vetos do Executivo podem ser derrubados.