Data de publicação: 23 de Janeiro de 2023, 17:00h, atualizado em 23 de Janeiro de 2023, 16:42h
LOC.: Os problemas climáticos dos últimos anos, a incerteza em relação ao tamanho da produção de café e os desafios econômicos têm gerado debates sobre a cultura do produto. Mas, apesar das preocupações com o que virá pela frente, e dos atuais preços do café para o consumidor final, o setor se mantem otimista.
Para o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, a alta do preço do café para o consumidor foi causado pelo aumento da matéria-prima do café para a indústria.
TEC./SONORA: Presidente do Conselho Nacional do Café (CNC) - Silas Brasileiro
“Nós tivemos uma condição climática muito adversa na safra 21, 22, quando tivemos chuvas de granizo, tivemos geadas, tivemos secas prolongadas. Isso diminuiu a nossa produção de café, consequentemente também tivemos um momento muito forte em relação aos insumos para produzir café. Isso levou a um aumento da matéria-prima para as indústrias de torrado e moído.”
LOC.: Segundo o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Aguinaldo Lima, os efeitos da pandemia também contribuíram para o aumento no preço do grão.
TEC./SONORA: Diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) - Aguinaldo Lima
“Nós tivemos uma pandemia, que foi favorável, não foi só no Brasil, mas para o mundo todo, foi até por isso que os preços subiram bastante, porque a demanda acabou sendo maior do que a oferta. E, em 2022, a gente já percebeu uma estabilidade de crescimento, tanto é que o Brasil teve que nas exportações, mas teve um faturamento recorde em função exatamente dos preços altos.”
LOC.: Para o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcio Ferreira, apesar do momento frágil da economia Brasileira e da economia mundial, as perspectivas para o café continuam boas.
TEC./SONORA: Presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) - Marcio Ferreira
“Os níveis de negociação da bolsa caíram relativamente, até razoavelmente, em relação até setembro do ano passado. Então as perspectivas são boas, apesar das dificuldades econômicas com juros altos, recessão eleitoral, queda de consumo. Mesmo no momento de crise, o consumo se mantém em uma tendência de alta, subindo gradativamente, como ocorre todos os anos”.
LOC.: Segundo dados do 1º Levantamento da Safra de Café 2023, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, a previsão inicial para 2023 sinaliza uma produção 7,9% superior à colhida em 2022, que fechou em R$ 50,9 milhões de sacas. Para 2023, a Conab aponta para uma produção de 54,94 milhões de sacas de café.
Reportagem, Landara Lima.