LOC.: Intensificar as relações do Brasil com os demais países do Brics é importante, mas é preciso ter cuidado para não se isolar de outros grupos. É o que aponta o cientista político André César. O especialista destaca a parceria comercial entre Brasil e China, a segunda maior potência econômica mundial. Mas lembra que a Rússia se tornou um pária no cenário internacional com a guerra na Ucrânia.
Para aperfeiçoar a participação brasileira no bloco, foi instalada no Senado a Frente Parlamentar de Relacionamento com o Brics. André César avalia que a medida pode fortalecer a participação do Brasil.
TEC./SONORA: André César, cientista político
“É mais um elemento para dar mais, digamos assim, consistência para a posição do Brasil dentro dos BRICS. Para falar: olha, temos inclusive no âmbito do Congresso Nacional, temos um Frente que trata exclusivamente das questões referentes ao bloco. Então é importante, ela ajuda o debate, realizar seminários, trazer autoridades dos países que integram o Brics. Acho importante isso.”
LOC.: Segundo o presidente do grupo, senador Irajá (PSD-TO), a Frente Parlamentar dos Brics será um veículo importante para promover a convergência de interesses e a busca por soluções conjuntas. O senador é o autor da proposta de criação da frente.
TEC./SONORA: senador Irajá (PSD-TO)
“Através de um diálogo constante e colaborativo, vamos identificar oportunidades de negócios, promover integração, fomentar investimentos bilaterais, estimular inovação, a troca de tecnologias e a cooperação científica. Ao estreitar nossos laços com essas nações, fortalecemos a nossa capacidade de enfrentar desafios globais, como as mudanças climáticas.”
LOC.: O Brics é formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. De acordo com o governo federal, o grupo representa mais de 3 bilhões de habitantes e 25 trilhões de dólares em PIB.
Reportagem, Fernando Alves