LOC.: Vinte e sete de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil teve taxa de 38% de recusa familiar para a doação de órgãos apenas neste ano. Durante coletiva nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para incentivar as pessoas que querem ser doadoras a expressarem esse desejo às famílias.
No evento, o ministro substituto da Saúde, Rodrigo Cruz, se declarou como um doador de órgãos e ressaltou a importância de se conversar sobre o assunto com os familiares.
TEC./SONORA: Rodrigo Cruz, ministro substituto da Saúde
“A legislação brasileira determina que a palavra final da doação de órgãos é da família, a campanha vem nesse sentido. Porque é importante destacar que, não basta você externar a sua vontade, é importante que a família dê o sim na hora da doação dos órgãos. Então sim, sou doador de órgãos e já estendi essa vontade e já conversei com a minha família.”
LOC.: Após passar três anos na hemodiálise e na espera de um órgão, Gabriela Gonçalves realizou um transplante de rim em 2014. Desde então, ela encontrou nas maratonas de corrida uma forma de se manter feliz e saudável. Gabriela destaca que o fato de ser uma transplantada não define o modo como leva a vida.
TEC./SONORA: Gabriela Gonçalves, transplantada maratonista
“O transplante é eficaz, eu sou a maior prova de que o transplante traz qualidade de vida para o paciente. Chega de gente falando do transplantado como coitadinho. Nós somos saudáveis, nós podemos dar continuidade ao transplante e manter que ele seja vivo, mas sempre com alegria.”
LOC.: Apesar dos impactos da pandemia de Covid-19, o Brasil registrou menor queda na realização de transplantes de órgãos quando comparado a alguns países europeus como França, Espanha, Croácia e Portugal. Atualmente, mais de 53 mil pacientes aguardam por um transplante no Brasil. Nos primeiros lugares na lista dos órgãos mais procurados estão rim, fígado e pâncreas.
Reportagem, Poliana Fontenele