
LOC.: A região Centro-oeste tem maior renda por pessoa no país, sendo R$ 2.264, valor acima da média nacional de R$ 1.893. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região teve o Coeficiente de Desequilíbrio Regional (CDR) igual a 1,00. O índice tratou, ainda, das regiões Nordeste e Norte, que apresentaram rendimentos inferiores à nacional. O Nordeste teve rendimento de R$ 1.155 e um CDR de 0,61. E o Norte teve rendimento de R$ 1.314 e CDR de 0,69.
O diretor do FGV Social, Marcelo Neri, avalia que os dados mostram um crescimento de renda, mas com desigualdade alta e estável.
TEC./SONORA: Marcelo Neri, diretor do FGV Social
“Talvez o principal ponto da evolução brasileira seja na comparação ao longo do tempo, de 2022 para 2023 em termos reais, a renda cresce a mais de 11%, no entanto a desigualdade entre regiões ou entre pessoas no Brasil, ela não mudou e ela se encontra num nível muito alto.”
LOC.: Já o presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Carlos Eduardo Oliveira Jr, menciona que a produção menor impacta nas economias regionais — bem como no recebimento de menos recursos pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
TEC./SONORA: Carlos Eduardo Oliveira Jr, presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo
“Se teve uma produção menor, uma renda menor nessas regiões e essa população, de uma maneira geral, vai receber menos recursos na cidade e acaba impactando também, ou seja, o prefeito vai ter menos condições de atender, eventualmente, esses munícipes nessa região lá. Seja com relação à produção, elaboração de obras, ou seja, também no atendimento da população, em obras sociais, em obras de saúde.”
LOC.: O cálculo do IBGE é feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua e os dados são utilizados para calcular encargos de financiamento das regiões.
Reportagem Bianca Mingote