LOC.: O mês de março, dedicado às mulheres, está chegando ao fim, e o Instituto Nacional de Câncer promoveu um evento para debater estratégias da atenção primária à saúde voltadas, sobretudo, a ações de detecção precoce do câncer do colo do útero.
Rosimar Mendes da Silva, de 43 anos, foi diagnosticada com câncer do colo do útero em junho de 2016. Na época, a moradora de Brasília trabalhava como empregada doméstica, mas teve que abandonar o serviço para se dedicar ao tratamento da doença. Apesar de todas as dificuldades, em fevereiro de 2017, ela recebeu a feliz notícia de que havia sido curada.
TEC./SONORA: Rosimar Mendes da Silva, moradora de Brasília
“Quem está passando pelo câncer, recomendo que persista. Deus deixou a medicina para nos ajudar. Sempre falo que amo viver, mesmo em meio a tanta dificuldade que tenho que enfrentar. A minha família e meus amigos me acolheram. Claro que ficaram sequelas, mas por conta do tratamento, porque câncer eu não tenho mais.”
LOC.: Durante o evento promovido pelo Instituto Nacional de Câncer, na última sexta-feira (25), o representante da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede do INCA, Itamar Bento Claro alertou para a necessidade de cuidados prévios para evitar o avanço da doença.
TEC./SONORA: Itamar Bento Claro, representante da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à organização de Rede do INCA
“Quem são essas mulheres que ainda hoje adoecem e morrem por câncer do colo do útero, principalmente por falta de acesso ao serviço de saúde e por não realizarem os exames de rastreamento. Essa magnitude da doença a caracteriza como um grande problema de saúde pública que levou a OMS a lançar uma campanha mundial para estimular os países a buscarem a sua eliminação até 2030.”
LOC.: No Brasil, os dados mais atualizados revelam que as estimativas de novos casos chegam a 16 mil por ano. Já o número de mortes em decorrência da doença, em 2019, foi 6.596. O Inca reforça a necessidade da vacina contra o HPV, uma forma eficiente de evitar o desenvolvimento do câncer de colo de útero. A vacina está disponível no SUS para meninas que têm entre 9 e 11 anos.
Reportagem, Marquezan Araújo