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Nem mesmo a pandemia conseguiu impedir os moradores da região de Santarém, oeste do Pará, de serem solidários e doar sangue. Segundo o Hemocentro Regional de Santarém, as doações no primeiro ano da Covid-19 tiveram uma redução de apenas 2%. Em 2019, aproximadamente 8.400 bolsas de sangue foram coletadas. Em 2020, foram cerca de 8.360 unidades. Em todo o País, a queda foi de 10%, de acordo com o Ministério da Saúde.
A assistente social do Hemocentro, Telma Rocha, explica que o cenário positivo se dá graças a campanhas de conscientização realizadas pela unidade em municípios vizinhos. Em alguns casos, a equipe enfrentava viagens de barco de até oito horas para captar novos candidatos à doação de sangue.
“O Hemocentro Regional de Santarém é responsável em abastecer mais de 20 unidades de saúde. Por isso, nós fizemos campanhas estratégicas em cidades vizinhas onde metade da equipe se desloca para os outros municípios para fazer essa coleta de sangue e garantir esse direito para o nosso doador”, esclarece.
A assistente social disse ainda que estoques do banco de sangue estão dentro dos limites estabelecidos. Mas ressalta que são bem-vindas doações de todos os tipos sanguíneos, em especial dos grupos ABO negativos, que são considerados raros. Ela pede que toda a população doe sangue e ajude a salvar vidas.
“Você, que está se sentindo bem de saúde e que gosta de salvar vidas, venha fazer parte da corrente do bem e doe sangue! Doar sangue é doar vida. Com apenas alguns minutos do seu dia, você pode oportunizar a esperança de vida para quem está no leito dos hospitais. Então, procure o Hemocentro mais próximo de você e faça essa ação de solidariedade”, pediu a assistente social.
O técnico em segurança do trabalho Alan Costa, de 39 anos, mora no bairro da Pedreira, na grande Belém, e é doador de sangue e hemácias há quase 20 anos. Ele conta que comparece ao hemocentro entre três a quatro vezes ao ano para doar. Já são mais de 72 doações.
“A doação de sangue é tão importante porque ajuda a salvar vidas. E é tão simples que não leva muito tempo, não te prejudica em nada e você consegue ajudar até quatro pessoas a lutarem por suas vidas. Então, para mim é uma caridade de fator inestimável”, refletiu o técnico em segurança do trabalho.
No ano passado, Alan doou plasma para ajudar em pesquisas científicas sobre um potencial tratamento de pacientes doentes pela Covid-19. Ele também se cadastrou no Redome para ser doador de medula óssea e aguarda ansiosamente para encontrar um receptor compatível.
“Sempre tem alguém que está em um leito do hospital querendo retornar para a sua vida normal, principalmente agora nessa situação do Covid, em que a gente percebeu a fragilidade humana e o quanto as pessoas são importantes e significativas para gente. Então, doando você está construindo um elo para vida ajudando pessoas a voltarem aos seus entes queridos”, ponderou Alan.
O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, reforça a importância da doação regular. “Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E, nesse sentido, é importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa”, diz Marcelo Queiroga, ministro da Saúde..
Interessados em doar sangue e medula óssea podem procurar, além do hemocentro coordenador do estado, em Belém, um dos hemocentros regionais instalados em Santarém, Castanhal e Marabá.
O hemocentro regional de Santarém, situado na região do baixo amazonas, fica próximo de sete cidades. Entre elas, estão: Alenquer, Prainha, Monte Alegre, Curuá e Placas. A unidade está localizada na Avenida Frei Vicente, número 696, entre as Alamedas 30 e 31 (Aeroporto Velho). Os telefones para contato são os (93) 3524-7550 / 3524-7560.
Já o hemocentro localizado em Castanhal, na região metropolitana de Belém, atende, principalmente, a quatro municípios, como Bujaru, Inhangapi, Santa Izabel do Pará e Santo Antônio do Tauá. A unidade está localizada na Rua Travessa Floriano Peixoto, Alameda Rita de Cássia, Conjunto Maria Alice, casas B-2 e B-3. O telefone é o (91) 3412-4400.
Quem mora nos municípios de Palestina do Pará, Brejo Grande do Araguaia, São João do Araguaia e São Domingos do Araguaia, pode procurar o hemocentro regional de Marabá, que fica no sudeste paraense. O endereço da unidade é Rod. Transamazônica, Quadra 12, S/N (Agrópoli do INCRA), telefones (94) 3324-1096 / 3312-9150.
Para saber mais informações sobre endereços e horários de funcionamento das unidades mais próximas de você, veja o mapa abaixo.
De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Candidatos à doação de medula óssea devem ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doença infecciosa ou incapacitante. Segundo o Redome, algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. No dia da doação, será preciso apresentar documento de identificação com foto. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea, acesse hemopa.pa.gov.br.
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