Data de publicação: 07 de Fevereiro de 2023, 15:20h, atualizado em 09 de Fevereiro de 2023, 11:06h
LOC.: Os agricultores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil estão comemorando a perenidade das chuvas no final do ano passado e neste início de 2023. A constância e a boa distribuição das águas estão garantindo mais um recorde na safra de grãos do país.
Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção está estimada em mais de 310 milhões de toneladas de grãos para este ano - um aumento de aproximadamente 14%, em relação à safra passada. Ou seja: o produtor rural brasileiro deve colher cerca de 39 milhões de toneladas a mais, do que na safra anterior.
O agricultor Paulo Rodrigues da Cunha está terminando a colheita na sua propriedade, em Mato Grosso. Segundo ele, apesar da guerra da Ucrânia, o resultado está sendo satisfatório.
TEC/SONORA: Paulo Rodrigues da Cunha, agricultor
"Então: tivemos aí um clima até bom né, com a safra satisfatória - aqui na região nordeste do Mato Grosso. Mas os custos altos de produção, devido aos defensivos agrícolas, aos fertilizantes; estas questões de conflitos aí, de guerra, aumentaram muito os custos. Então, temos aí uma margem estreita de lucratividade"
LOC.: Para o agrônomo Marconi Moreira Borges, gerente da Emater no PAD/DF (Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal), a adubação bem feita da terra – por parte dos agricultores – e a boa distribuição de chuvas na região, foram os fatores que mais influenciaram no bom desempenho do setor.
TEC/SONORA: Agrônomo Marconi Moreira Borges, gerente do escritório da Emater do PAD/DF
"A vida depende muito da água. Como esse ano a água veio distribuída, embora na cidade reclamam de muita chuva, choveu bastante mas também fez bastante sol. É o ideal para planta fazer fotossíntese e transformar isso em produto. Ou seja: soja, milho ou feijão. Então, a condição é muito favorável à produção das plantas. Basicamente é isso, uma vez que a adubação foi feita normalmente, como manda o figurino. Então como a água veio dentro da necessidade da planta, a expectativa é que haja realmente, aí, um acréscimo na produção total, da ordem de, eu imagino, de até 5%."
LOC.: Já o gerente de acompanhamento de safras da Conab, Rafael Fogaça, aponta que, apesar do atraso das chuvas, na região do MATOPIBA – que reúne áreas de Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia – a regularidade das chuvas está muito favorável às lavouras.
TEC/SONORA: Rafael Fogaça, gerente de Acompanhamento de Safras da Conab
“As condições climáticas para a região centro-oeste, norte e nordeste estão bastante favoráveis nessa safra 2022/2023. Ali na região do Matopiba houve um pouco de atraso na regularização das chuvas mas, depois que elas se regularizaram, estão ocorrendo em volumes bons e está sendo bastante favorável para as lavouras.”
LOC.: Fogaça acrescentou que, de maneira geral, as chuvas foram bem distribuídas no Centro-Oeste brasileiro, com exceção de uma pequena parte do Estado de Goiás, mas isso não vai influenciar negativamente no conjunto da colheita.
TEC/SONORA: Rafael Fogaça, gerente de Acompanhamento de Safras da Conab
“Condição semelhante a gente vê no centro-oeste, com exceção ali, de coisas pontuais no extremo sul do mato grosso do Sul, no leste de Goiás - algumas partes do nordeste de Goiás que teve problemas de veranico; Mas de maneira geral, para o centro-oeste para o norte e para o nordeste, a gente observa aí condições climáticas muito favoráveis - o que faz a gente estimar uma safra de grãos superior, nesse ano de 2022/2023.”
LOC: Os números divulgados pela Conab referem-se ao 4º levantamento da safra de grãos 2022/ 2023, disponibilizados no site da Companhia Nacional de Abastecimento. O próximo levantamento será divulgado nesta quarta-feira (dia 8 de fevereiro).
Reportagem, José Roberto Azambuja