Arquivo/Agência Brasil
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Bom plantio em 2022 e chuva perene são responsáveis por safra recorde, segundo Conab e Emater

Chuvas e tecnologia são os principais motivos do otimismo do Agro neste início de ano, que prevê mais uma safra recorde, principalmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país


Os agricultores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil estão comemorando a perenidade das chuvas no final do ano passado e início de 2023. A constância e a boa distribuição das águas neste período estão garantindo mais um recorde na safra de grãos colhidos no país.

Informações preliminares da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) adiantam que a produção nacional para este ano está estimada em 310,9 milhões de toneladas de grãos. Esse volume representa um aumento de 14,5% em relação à safra passada. Ou seja: o produtor rural brasileiro deve colher 39,3 milhões de toneladas a mais do que na temporada anterior.

Esse bom desempenho se deve, em boa parte, ao resultado da colheita a ser feita no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Mesmo não tendo chovido com regularidade no Sul do país, a quantidade de sol e chuva – na medida certa, nestas três regiões – está garantindo o resultado positivo. 

O agricultor Paulo Rodrigues da Cunha informou que a colheita está sendo comemorada em Mato Grosso, apesar de os produtores rurais terem ficado receosos com a guerra da Ucrânia. "Tivemos uma safra satisfatória, mas o aumento dos defensivos e fertilizantes, por causa das questões de conflitos e guerra, aumentaram muito os custos, resultando numa margem estreita de lucratividade", explicou.

Centro-Oeste

Para o agrônomo Marconi Moreira Borges, gerente do escritório da Emater do PAD/DF (Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal), a expectativa na área rural do Distrito Federal é de que a colheita ultrapasse a casa dos 5% em relação ao ano passado.  

Marconi destacou a adubação bem feita da terra – por parte dos agricultores – e a boa distribuição das chuvas na região. Segundo ele, estes foram os fatores que mais influenciaram no bom desempenho do setor: “Choveu e também fez bastante sol, que são o movimento ideal para a planta fazer a fotossíntese e transformar isso em produtos”.  

Norte e Nordeste

 

Já o gerente de acompanhamento de safras da Conab, Rafael Fogaça, aponta que, apesar do atraso das chuvas, na região do MATOPIBA – que reúne áreas de Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia – a regularidade das chuvas está beneficiando muito toda a lavoura. Em entrevista ao portal “Brasil 61”, o técnico comemorou: “As condições climáticas para a região Centro-Oeste, Norte e Nordeste estão bastante favoráveis à safra 2022/2023”.


Fogaça acrescentou que, de maneira geral, as chuvas foram bem distribuídas no Centro-Oeste brasileiro, com exceção de microrregiões do Estado de Goiás, mas isso não vai influenciar negativamente no conjunto da colheita. “Algumas partes de Goiás tiveram problemas de veranico mas, de maneira geral, a gente observa condições climáticas muito favoráveis”, concluiu.

   

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LOC.: Os agricultores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil estão comemorando a perenidade das chuvas no final do ano passado e neste início de 2023. A constância e a boa distribuição das águas estão garantindo mais um recorde na safra de grãos do país.


Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção está estimada em mais de 310 milhões de toneladas de grãos para este ano - um aumento de aproximadamente 14%, em relação à safra passada. Ou seja: o produtor rural brasileiro deve colher cerca de 39 milhões de toneladas a mais, do que na safra anterior.

 

O agricultor Paulo Rodrigues da Cunha está terminando a colheita na sua propriedade, em Mato Grosso. Segundo ele, apesar da guerra da Ucrânia, o resultado está sendo satisfatório.

TEC/SONORA: Paulo Rodrigues da Cunha, agricultor

 

"Então: tivemos aí um clima até bom né, com a safra satisfatória - aqui na região nordeste do Mato Grosso. Mas os custos altos de produção, devido aos defensivos agrícolas, aos fertilizantes; estas questões de conflitos aí, de guerra, aumentaram muito os custos. Então, temos aí uma margem estreita de lucratividade"


 


LOC.: Para o agrônomo Marconi Moreira Borges, gerente da Emater no PAD/DF (Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal), a adubação bem feita da terra – por parte dos agricultores – e a boa distribuição de chuvas na região, foram os fatores que mais influenciaram no bom desempenho do setor.

TEC/SONORA: Agrônomo Marconi Moreira Borges, gerente do escritório da Emater do PAD/DF


"A vida depende muito da água. Como esse ano a água veio distribuída, embora na cidade reclamam de muita chuva, choveu bastante mas também fez bastante sol. É o ideal para planta fazer fotossíntese e transformar isso em produto. Ou seja: soja, milho ou feijão. Então, a condição é muito favorável à produção das plantas. Basicamente é isso, uma vez que a adubação foi feita normalmente, como manda o figurino. Então como a água veio dentro da necessidade da planta, a expectativa é que haja realmente, aí, um acréscimo na produção total, da ordem de, eu imagino, de até 5%."  

 


LOC.: Já o gerente de acompanhamento de safras da Conab, Rafael Fogaça, aponta que, apesar do atraso das chuvas, na região do MATOPIBA – que reúne áreas de Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia – a regularidade das chuvas está muito favorável às lavouras.

TEC/SONORA: Rafael Fogaça, gerente de Acompanhamento de Safras da Conab

“As condições climáticas para a região centro-oeste, norte e nordeste estão bastante favoráveis nessa safra 2022/2023. Ali na região do Matopiba houve um pouco de atraso na regularização das chuvas mas, depois que elas se regularizaram, estão ocorrendo em volumes bons e está sendo bastante favorável para as lavouras.”


LOC.: Fogaça acrescentou que, de maneira geral, as chuvas foram bem distribuídas no Centro-Oeste brasileiro, com exceção de uma pequena parte do Estado de Goiás, mas isso não vai influenciar negativamente no conjunto da colheita.

TEC/SONORA: Rafael Fogaça, gerente de Acompanhamento de Safras da Conab

“Condição semelhante a gente vê no centro-oeste, com exceção ali, de coisas pontuais no extremo sul do mato grosso do Sul, no leste de Goiás - algumas partes do nordeste de Goiás que teve problemas de veranico; Mas de maneira geral, para o centro-oeste para o norte e para o nordeste, a gente observa aí condições climáticas muito favoráveis - o que faz a gente estimar uma safra de grãos superior, nesse ano de 2022/2023.”

  


LOC: Os números divulgados pela Conab referem-se ao 4º levantamento da safra de grãos 2022/ 2023, disponibilizados no site da Companhia Nacional de Abastecimento. O próximo levantamento será divulgado nesta quarta-feira (dia 8 de fevereiro).

Reportagem, José Roberto Azambuja