Data de publicação: 20 de Junho de 2022, 11:15h
LOC.: Criado pelo governo federal com o objetivo de preservar empresas e postos de trabalho durante a pandemia da Covid-19, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda pode se tornar uma política pública permanente para situações de calamidade pública. Em março, o governo editou uma medida provisória que prevê a volta do programa. No município de Blumenau a iniciativa ajudou a manter 41.174 empregos em 2021 e 2022.
O Executivo quer que a medida seja permanente para quando um município, estado ou o próprio governo federal decretarem estado de calamidade pública. A MP traz de volta outras medidas alternativas trabalhistas adotadas durante a pandemia, que valeriam apenas em situações de exceção. Nesses casos, as empresas poderiam aderir ao regime de teletrabalho, instituir férias coletivas, antecipar férias individuais e feriados, banco de horas e suspender o recolhimento do FGTS.
O especialista em direito do trabalho Paulo Sérgio Farripas diz que as medidas são positivas.
TEC./SONORA: Paulo Sérgio Farripas, especialista em direito do trabalho
“As medidas alternativas dispostas na MP possuem alternativas interessantes de preservação do emprego e da renda. Interessante pensarmos que as medidas devem ser utilizadas de maneira estratégica pelos empregadores e em determinados casos podem ser utilizadas em conjunto”.
LOC.: O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) acredita que tornar essas medidas trabalhistas alternativas previstas em lei para situações de exceção vai minimizar os danos econômicos em situações de calamidade pública.
TEC./SONORA: Gilson Marques (Novo-SC), deputado federal
“Todas essas propostas legislativas que nós tivemos enquanto durava a pandemia demoraram. A pandemia iniciou, passou algum tempo e depois foram flexibilizando regras trabalhistas que começaram a ser adotadas pelo setor privado. Só que nesse pequeno espaço teve prejuízo tanto para o empregador quanto para o empregado. Então, se agora for definido que essa liberdade, lá no futuro, acaso, infelizmente, aconteça de novo, tanto melhor”.
LOC.: A MP das medidas alternativas trabalhistas depende de aprovação do Congresso Nacional para virar lei.
Reportagem, Felipe Moura.