Foto: Arquivo/Agência Brasil
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Bahia registra 443 casos de catapora até a Semana Epidemiológica 32

A incidência foi de 3 casos/100.000 habitantes, com a maior taxa em crianças menores de 1 ano, atingindo 16,19 casos/100.000 hab

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Em 2023, a Bahia registrou 443 casos de varicela (catapora). A incidência foi de 3 casos/100.000 habitantes, com a maior taxa em crianças menores de 1 ano, atingindo 16,19 casos/100.000 hab. As faixas etárias de 1 a 4 anos e 10 a 14 anos tiveram 81 casos/100.000 hab. cada. Os dados foram contabilizados até a Semana Epidemiológica 32. Além disso, 7 casos de catapora foram reportados em gestantes ao longo dos trimestres de gestação e 2 casos em gestantes com idade gestacional ignorada.

Devido ao crescimento dos casos, o Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA) atribuiu a alta a baixa cobertura vacinal como a principal causa. Segundo a CES-BA, a cobertura vacinal no estado até maio alcançou cobertura de 49,88% da varicela monovalente, abaixo da meta preconizada para controle da doença (≥95%), conforme o Tabnet/Datasus.

A infectologista Larissa Tiberto apresenta que a catapora é uma doença viral, altamente contagiosa, causada pela varicela-zoster. A doença se manifesta frequentemente em crianças, em qualquer época do ano, principalmente no final do inverno e início da primavera. 

“A vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora, foi introduzida pelo Ministério da Saúde na rotina de vacinação de crianças entre 15 meses e 2 anos de idade que já tenham sido vacinadas com a primeira dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)”, explica. 

Em situações de surto de varicela em creches, escolas, ambientes hospitalares, instituições de longa permanência e em áreas indígenas, o alerta orienta adotar as seguintes condutas para os contatos de casos da doença:

  • Em crianças menores de 9 meses de idade, gestantes e pessoas imunodeprimidas, administrar a imunoglobulina humana antivaricela até 96 horas após o contato com o caso;
  • Crianças a partir de 9 meses até 11 meses e 29 dias, administrar dose zero da vacina varicela (atenuada). Não considerar esta dose como válida para a rotina e manter o esquema vacinal aos 15 meses com a tetraviral (ou tríplice viral + varicela) e aos 4 anos com a varicela;
  • Em crianças entre 12 e 14 meses de idade, antecipar a dose de tetraviral (ou tríplice viral + varicela) naquelas já vacinadas com a primeira dose (D1) da tríplice viral e considerar como dose válida para a rotina de vacinação;
  • Em crianças entre 12 e 14 meses de idade sem a primeira dose (D1) da vacina tríplice viral, administrar a D1 de tríplice viral e uma dose de varicela. Agendar a dose de tetra viral (ou tríplice viral + varicela) para os 15 meses de idade, com intervalo de 30 dias;
  • Crianças entre 15 meses e menores de 7 anos de idade, vacinar conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação;
  • Crianças de 7 a 12 anos de idade, administrar uma dose de vacina varicela (atenuada);
  • Pessoas a partir de 13 anos de idade, administrar uma dose da vacina varicela.

A infectologista orienta que além da vacina, outra prevenção para a catapora é o isolamento social. “Lavagens das mãos após tocar as lesões e em pacientes internados: isolamento de contato e respiratório até a fase de crosta. O tratamento é hidratação, repouso e medicamentos sintomáticos”, pontua.

O documento aponta que, devido às baixas taxas de vacinação, a Bahia está em risco de enfrentar surtos de varicela e mais internações. O que destaca a importância de reforçar a vigilância e os cuidados de saúde para evitar casos graves e mortes.

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