LOC.: Muito já se falou sobre o impacto negativo causado pela falência da Lojas Americanas. O rombo de mais de R$ 40 bilhões resultou num enorme prejuízo aos credores da empresa.
Em meio a suspeitas de fraudes contábeis, pedidos de falência e ameaça de demissão em massa, a companhia contratou a administradora Camille Loyo Faria, com o objetivo de salvar a imagem da empresa.
Camille passou a ser a nova diretora financeira e de relações com investidores da Americanas. Ela já tinha ocupado o cargo de diretora financeira da Oi Telefonia, trabalhando - justamente - num momento em que a empresa enfrentava um processo de recuperação judicial.
Contudo, as ações da Americanas já acumulam uma queda de 98,42% no mercado. O rombo também provocou a desvalorização de várias outras empresas, principalmente na cervejaria Ambev – cujos donos são os mesmos da Americanas. Para piorar a situação, o prejuízo também arrastou para baixo as ações de bancos como Bradesco, Itaú e BTG.
De acordo com o consultor especializado em Orçamento, Cesar Lima, o próprio mercado terá de fazer uma depuração destas empresas para recuperar a confiança dos investidores. Segundo ele, o impacto negativo ainda está muito forte.
TEC/SONORA: César Lima, consultor de Orçamento
"Olha eu acho que vai gerar uma desconfiança geral dos investidores. Nós vamos ter que criar uma época de abertura de contas dessas grandes empresas SA. Porque, até outro dia, a Americanas estava bem, nadando de braçadas no mercado de marketplace e de e-commerce, né?!! E, de repente, você viu ali uma empresa insolvente, com uma dívida bilionária - que estava sendo ocultada - e com deveres a cumprir maiores do que seus haveres. Então nós vamos ter que ver, o mercado vai ter que dar uma depurada em todas essas empresas, para poder tomar de volta a confiança dos investidores."
LOC.: Desde que anunciou o rombo, a Americanas já perdeu mais de R$ 64 bilhões em valor de mercado.
Reportagem, José Roberto Azambuja