Foto: Divulgação/Arquivo pessoal
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Americanas entra com pedido de recuperação judicial e tenta “salvar” a imagem no mercado

Prejuízo em cascata a empresas ligadas ao grupo pesam negativamente, mas Camille possui experiência no mercado

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Muito já se falou sobre o impacto negativo causado ao Brasil pela falência da Americanas. O rombo de mais de R$ 40 bilhões provocado pela empresa resultou num enorme prejuízo aos credores. Nesta quinta-feira(19) a empresa entrou com pedido de recuperação judicia,  no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A empresa alegou oficialmente que tem dívida de R$ 43 bilhões e informou que pretende continuar suas operações comerciais no mercado nacional.

Em meio a suspeitas de fraudes contábeis, pedido de recuperação judicial  e ameaça de demissão em massa, nesta semana a companhia fez um movimento no sentido de acalmar o mercado e melhorar sua imagem, ao contratar a administradora de empresas Camille Loyo Faria.

A executiva passou a ser a nova diretora financeira e de relações com investidores da Americanas. Antes de ser contratada, Camille ocupou o cargo de diretora financeira da Tim. Mas foi na Oi Telefonia, onde atuou durante um ano e meio, que a administradora ganhou experiência justamente num momento em que a empresa enfrentava um processo de recuperação judicial.

Contudo, apesar da mudança ter sido bem recebida no mercado, analistas avaliam que vai ser difícil para a Americanas conseguir um bom acordo com os principais credores.

Desde que anunciou o rombo de R$ 40 bilhões, a Americanas já perdeu R$ 64,36 bilhões em valor de mercado. Suas ações acumulam uma queda de 98,42% - provocando um efeito cascata de desvalorização em várias empresas de médio e grande porte, principalmente o conglomerado de cervejas Ambev – cujos donos são os mesmos da Americanas, além de arrastar para baixo também as ações de bancos como Bradesco, Itaú e BTG. 

Para o consultor especializado em Orçamento, Cesar Lima, vai ser preciso que o próprio mercado faça uma depuração nestas empresas para recuperar a confiança dos investidores. Segundo ele, o impacto negativo foi muito forte. 

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LOC.: Muito já se falou sobre o impacto negativo causado pela falência da Lojas Americanas. O rombo de mais de R$ 40 bilhões resultou num enorme prejuízo aos credores da empresa.

Em meio a suspeitas de fraudes contábeis, pedidos de falência e ameaça de demissão em massa, a companhia contratou a administradora Camille Loyo Faria, com o objetivo de salvar a imagem da empresa.

Camille passou a ser a nova diretora financeira e de relações com investidores da Americanas. Ela já tinha ocupado o cargo de diretora financeira da Oi Telefonia, trabalhando - justamente - num momento em que a empresa enfrentava um processo de recuperação judicial.

Contudo, as ações da Americanas já acumulam uma queda de 98,42% no mercado. O rombo também provocou a desvalorização de várias outras empresas, principalmente na cervejaria Ambev – cujos donos são os mesmos da Americanas. Para piorar a situação, o prejuízo também arrastou para baixo as ações de bancos como Bradesco, Itaú e BTG. 

De acordo com o consultor especializado em Orçamento, Cesar Lima, o próprio mercado terá de fazer uma depuração destas empresas para recuperar a confiança dos investidores. Segundo ele, o impacto negativo ainda está muito forte. 

TEC/SONORA: César Lima, consultor de Orçamento

"Olha eu acho que vai gerar uma desconfiança geral dos investidores. Nós vamos ter que criar uma época de abertura de contas dessas grandes empresas SA. Porque, até outro dia, a Americanas estava bem, nadando de braçadas no mercado de marketplace e de e-commerce, né?!! E, de repente, você viu ali uma empresa insolvente, com uma dívida bilionária - que estava sendo ocultada - e com deveres a cumprir maiores do que seus haveres. Então nós vamos ter que ver, o mercado vai ter que dar uma depurada em todas essas empresas, para poder tomar de volta a confiança dos investidores."


LOC.: Desde que anunciou o rombo, a Americanas já perdeu mais de R$ 64 bilhões em valor de mercado.

Reportagem, José Roberto Azambuja