LOC.: Os níveis dos rios da Bacia Amazônica estão estáveis, de acordo com o Boletim de Monitoramento Hidrológico, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil, o SGB. A pesquisadora em geociências do SGB Jussara Cury informa que algumas estações apresentaram pequenas variações nos níveis, o que é comum nessa fase final da vazante.
TEC./SONORA: Pesquisadora em geociências do SGB Jussara Cury
“Iniciamos a semana com subidas menores no Rio Negro, em Manaus, e agora [ele] apresenta descidas. Mas de certa forma, essas oscilações fazem parte do processo de final de vazante, uma vez que os volumes que estão chegando nessa fase do Rio Negro são resultado das contribuições das regiões de cabeceira de semanas anteriores.”
LOC: O Rio Negro continuou a subir em Manaus, alcançando a marca de 13,22 metros. Mas, em São Gabriel da Cachoeira, na região do Alto Rio Negro, houve uma queda de 14 cm no início da semana, e a cota atual é de 5,20 metros. Os níveis dos rios estão disponíveis no portal www.sgb.gov.br.
De acordo com a pesquisadora, para semana seguinte, a previsão do tempo indica chuvas distribuídas tanto da calha do Solimões quanto do Negro. Ela ainda aponta uma recuperação na calha do Madeira, o que indica também uma recuperação na parte sul da Bacia do Amazonas.
O economista Rodrigo Simões explica que a seca pode causar impactos negativos, como na taxa de inflação da região.
TEC./SONORA: Rodrigo Simões, economista e professor da Faculdade do Comércio
“Então, com o custo do frete aumentando, a interrupção da energia elétrica e falta de produtos e matéria-prima tanto nas fábricas como para os produtores e isso faz com que a inflação medida na região a taxa se eleve chegando os produtos na mesa dos consumidores mais caros.”
LOC.: De acordo com Simões, a seca ainda pode atingir a vida de comunidades que vivem da agricultura familiar nas várzeas dos rios e o setor de indústrias da capital amazonense, que deixou de receber peças e equipamentos, o que prejudica a produção.
Reportagem, Nathália Guimarães