Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Estiagem na região amazônica: plataforma permite acompanhamento em tempo real do volume de água nos rios

São cerca de 70 pontos de monitoramento em Mato Grosso, Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima


A plataforma “Estiagem na região amazônica”, lançada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), já está disponível para acesso e permite o acompanhamento da seca na região amazônica em tempo real, com dados de cotas e vazões mínimas, ou seja, o volume de água nos rios. 

O pesquisador de geociências do SBG André Martinelli Santos explica que a nova plataforma de monitoramento está no âmbito do sistema de alerta hidrológico, um programa que existe há cerca de dez anos e que a empresa vem ampliando. “Por conta desse momento de crise hídrica na região, um evento extremo de estiagem, o serviço geológico do Brasil resolveu intensificar o nível de informação tanto em qualidade quanto em quantidade”, informa.

A nova plataforma disponibiliza informações sobre medições realizadas em todas as estações da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), gerenciadas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e operadas pelo SGB.

O pesquisador destaca que a plataforma conta com uma forma de previsão para algumas estações. “Esse foi o principal ganho, porque além de pontuar e fazer a informação de onde estão ocorrendo, em que magnitude está ocorrendo aquele evento hidrológico crítico, a gente vem informando nos boletins de monitoramento uma previsão aí de quando que isso terminaria”, explica.

Além disso, é possível ver número de vazões mínimas históricas registradas desde o início do monitoramento especial para a região amazônica. Em outubro de 2023, o Rio Negro registrou o menor nível em 121 anos. O Rio voltou a subir e registrou a cota de 12,94 nesta terça-feira (31). O menor número registrado foi de 12,70, na última sexta-feira (27). 

São cerca de 70 pontos de monitoramento em Mato Grosso, Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Até o momento, há dados sobre as cotas nas seguintes estações:

  • Curicuriari (AM)
  • Fonte Boa (AM)
  • Itacoatiara (AM)
  • Itaituba (PA)
  • Manacapuru (AM)
  • Manaus (MA)
  • Moura (AM)
  • Óbidos (PA)
  • Porto Velho (RO)
  • Santarém (PA)
  • Serrinha (AM)

De acordo com Santos, o plano é  ampliar o serviço para incluir outras estações relevantes para o setor de navegação. “O evento que ocorreu aqui no Amazonas ensinou e desenvolveu uma metodologia que pode tranquilamente ser aplicada ou adaptada para outras regiões do Brasil, quando ocorrer o momento de crise similar a esse.”

Santos ainda aponta que a estiagem no Norte é diferente da que vem ocorrendo na região Nordeste, e por isso, a metodologias e soluções para o problema são diferentes.

"Para o Nordeste são soluções diferentes que envolvem até outras áreas da geociências. Certamente serviços biológicos do Brasil têm avançado tanto em pesquisa quanto em inovação. O serviço geológico está avançando e já oferece produtos focados para o Nordeste”, completa.

Previsão do tempo

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão do tempo para o Amazonas é de muitas nuvens com possibilidade de chuva isolada até este sábado (4). Apesar disso, o meteorologista do Inmet Olívio Bahia explica que mesmo com a chuva, podem demorar meses para que o estado se recupere da seca. 

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LOC.: A plataforma "Estiagem na região amazônica", criada pelo Serviço Geológico do Brasil, SGB, já está disponível para o público. Ela permite acompanhar em tempo real a situação de seca na Amazônia, fornecendo informações sobre os níveis e o volume de água disponível.

O pesquisador de geociências do SBG André Santos explica que essa nova plataforma faz parte do sistema de alerta hidrológico. Esse programa existe há cerca de dez anos e tem sido expandido pela empresa ao longo dos anos.

TEC./SONORA: André Martinelli Santos, pesquisador de geociências do Serviço Geológico do Brasil (SGB)

“Por conta desse momento de crise hídrica na região, um evento extremo de estiagem, o serviço geológico do Brasil resolveu intensificar o nível de informação tanto em qualidade quanto em quantidade.”


LOC.: A plataforma oferece dados sobre as medições feitas em todas as estações da Rede Hidrometeorológica Nacional, que são administradas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e operadas pelo SGB.

O pesquisador destaca que a plataforma inclui uma ferramenta de previsão para algumas estações.
 

TEC./SONORA: André Martinelli Santos, pesquisador de geociências do Serviço Geológico do Brasil (SGB)

“Esse foi o principal ganho, porque além de pontuar e fazer a informação de onde estão ocorrendo, em que magnitude está ocorrendo aquele evento hidrológico crítico, a gente vem informando nos boletins de monitoramento uma previsão aí de quando que isso terminaria.”


LOC.: Além disso, é possível ver número de vazões mínimas históricas registradas desde o começo do monitoramento especial para a região amazônica. 

São cerca de 70 pontos de monitoramento em Mato Grosso, Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Até o momento, há dados sobre as cotas em estações de Curicuriari, Fonte Boa, Itacoatiara, Itaituba, Manacapuru, Manaus, Moura, Óbidos, Porto Velho, Santarém  e Serrinha.

Reportagem, Nathália Guimarães