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Amapá registra aumento de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Mesmo com mais casos registrados em 2021, o estado ainda apresenta estabilidade quando os dados são comparados a anos anteriores

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O Amapá registrou aumento nos índices das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2021. Tanto dengue, quanto zika e chikungunya registraram maior número de notificações de casos no estado, mas de acordo com a gerente do Núcleo de Vigilância Ambiental da Secretaria de Vigilância em Saúde do Amapá, Rackel Barroso, se comparados a anos anteriores, os números representam estabilidade.

"Estamos aqui na luta contra as arboviroses, contra a proliferação do Aedes. Os municípios fazem o Lira, todos deram de baixo risco. Macapá deu médio risco, que é a nossa capital, a que concentra o maior número de dados. Mas a maioria dos municípios deu baixo risco”, destacou a gerente da Vigilância.

Mas isso não significa, de acordo com ela, que o estado esteja de braços cruzados na luta contra o Aedes. Mesmo com uma certa estabilidade, ela lembra que é preciso sempre cuidar dos ambientes para evitar os criadouros do mosquito, mais comuns nessa época do ano.

Levantamentos recentes de índice de infestação revelaram que comparados os períodos de janeiro a outrubro de 2020 e 2021, o registro de casos de chikungunya passou de 6 para 94. Já os casos de dengue subiram de 39 para 105; enquanto os casos de zika foram de 1 para 4.

Para Rackel Barbosa, apesar disso, a série histórica dos levantamentos mostra que as doenças estão estáveis, o que pode ser resultado também da pandemia, quando as pessoas ficaram mais em casa e deixaram de procurar atendimento.

E para manter os índices estáveis, e a população livre das doenças transmitidas pelo mosquito, o governo estadual trabalha com diversas atividades de controle e formação de agentes de saúde e sensibilização dos moradores nos diversos municípios.

O foco de maior atenção é a capital, Macapá, que registrou médio índice de infestação pelo Aedes, e que concentra também a maior população do estado. Rackel faz um apelo para que os moradores continuem atentos aos quintas, caixas d'água e acúmulo de lixo.

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. 

Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.

https://brasil61.com/n/dengue-mais-de-70-dos-casos-se-concentram-em-cerca-de-200-municipios-nas-demais-cidades-tambem-devem-agir-aede223000

Cuidados necessários 

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:

  1. Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
  2. Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
  3. Feche bem os sacos e lixo.
  4. Guarde os pneus em locais cobertos.
  5. Tampe bem a caixa-d´água.
  6. Limpe as calhas.

O Ministério da Saúde também reforça a necessidade de que cada cidadão inspecione os lugares em que mora ou trabalha para que não sejam depósito de ovos do mosquito. O tema é tratado na Campanha Combata o Mosquito Todo Dia. 

“A campanha traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para fazer uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça”, pondera o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka. 

Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus, lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.

Veja no mapa a incidência de dengue no seu município

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