Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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Alimentação e habitação explicam deflação para famílias de menor renda em julho

Famílias de renda muito baixa registraram deflação de -0,28%

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A inflação do mês de julho revelou diferentes resultados entre as classes de renda. 

As famílias de renda alta apresentaram alta inflacionária de 0,50% e o segmento de renda muito baixa registrou deflação de -0,28%.

Ao lado das famílias de renda muito baixa, as famílias de renda baixa registraram deflação de 0,14% e foram os dois únicos grupos a registrar queda de preços. 

Entre famílias de renda média-baixa e famílias de renda alta, a taxa de inflação subiu progressivamente, entre 0,02% a 0,50%. 

Por grupos, os dados apontam que os principais alívios inflacionários no mês de julho vieram das deflações dos grupos “alimentos e bebidas” e “habitação”.

Para o primeiro grupo, principalmente para as famílias de renda mais baixa, uma queda expressiva dos preços dos alimentos no domicílio os favoreceu.

As principais quedas de preços registradas foram: cereais (-2,2%), carnes (-2,1%), aves e ovos (-1,9%) e leites e derivados (-0,89%).

Já em relação ao grupo “habitação”, os segmentos de menor poder aquisitivo também foram os que mais se beneficiaram pelo recuo de 3,7% das tarifas de energia elétrica.

Por outro lado, o reajuste de 4,8% do preço da gasolina foi o principal ponto de pressão inflacionária sobre o grupo “transportes”, que exerceu a maior contribuição positiva para a inflação, em julho, em todas as classes de renda pesquisadas.

Para o caso de famílias de renda mais alta, além de maior preço da gasolina estão as altas das passagens aéreas e do aluguel de veículos. Para este grupo, as altas de transportes superaram as quedas do setor de habitação.

Para as faixas de renda mais alta, as altas dos planos de saúde e dos serviços de recreação também favorecem a pressão inflacionária. 

Os dados acumulados em doze meses revelam que todas as classes de renda registraram aceleração em suas curvas de preços. 

Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA.
 

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