LOC.: A inflação do mês de julho revelou diferentes resultados entre as classes de renda.
As famílias de renda alta apresentaram alta inflacionária de 0,50% e o segmento de renda muito baixa registrou deflação de -0,30%.
Ao lado das famílias de renda muito baixa, as famílias de renda baixa registraram deflação de 0,15% e foram os dois únicos grupos a registrar queda de preços.
Por grupos, os dados apontam que os principais alívios inflacionários no mês de julho vieram das deflações dos grupos “alimentos e bebidas” e “habitação”.
Principalmente para as famílias de renda mais baixa, uma queda expressiva dos preços dos alimentos no domicílio os favoreceu.
As principais quedas de preços registradas foram de cereais, carnes, aves e ovos, além de leites e derivados.
Já em relação ao grupo “habitação”, os segmentos de menor poder aquisitivo também foram os que mais se beneficiaram pelo recuo das tarifas de energia elétrica.
Por outro lado, o reajuste de 5,0% do preço da gasolina foi o principal ponto de pressão inflacionária sobre o grupo “transportes”, que exerceu a maior contribuição positiva para a inflação, em julho, em todas as classes de renda pesquisadas.
Para as faixas de renda mais alta, além da gasolina, as altas das passagens aéreas, do aluguel de veículos, dos planos de saúde e dos serviços de recreação também favorecem a pressão inflacionária.
Os dados acumulados em doze meses revelam que todas as classes de renda registraram aceleração em suas curvas de preços.
Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA.
Reportagem, Luigi Mauri, narração, Lívia Azevedo.