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Data de publicação: 24 de Novembro de 2020, 23:00h, atualizado em 24 de Novembro de 2020, 21:29h
LOC.: Já pensou comer um queijo que não tenha queijo em sua composição? É possível que você, inclusive, já tenha consumido esse produto. O “queijo fake”, como está sendo chamado pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás, está trazendo prejuízo para a cadeia produtiva do País, segundo a associação.
O produto feito à base de gordura vegetal hidrogenada, amido modificado e água, com aroma sabor muçarela e outros queijos, está disponível nas prateleiras dos supermercados com preços menores que o produto original. Por essa razão, o Sindileite está movimentando uma campanha de alerta a população sobre os riscos do alimento. De acordo com a nutricionista Camila Pedroza, esse tipo de queijo faz mal à saúde e pode auxiliar do desenvolvimento da obesidade.
TEC./SONORA: Camila Pedroza, nutricionista.
“Esse ‘queijo fake’ é um alimento ultraprocessado. Passa por um nível de processamento tão grande que se torna um produto alimentício e não um alimento propriamente dito. Ele tem um poder inflamatório muito grande e é justamente um corpo inflamado que facilita o desenvolvimento da obesidade e o favorecimento de doenças crônicas não transmissíveis.”
LOC.: O Sindileite recomenda ao consumidor atenção às tabelas nutricionais na hora de escolher o produto. A legislação brasileira define que os fabricantes deixem no local visível da embalagem a descrição dos ingredientes do alimento. O problema, segundo o vice-presidente do sindicato, Ananias Jayme, é quando o consumidor é enganado nos estabelecimentos.
TEC./SONORA: Ananias Jayme, vice-presidente Sindileite-GO.
“Muitas pizzarias de má índole, por exemplo, estão substituindo até 50% da muçarela por um produto análogo. Ou então, substituem aquela borda recheada de requeijão por uma cobertura a base de gordura vegetal hidrogenada, amido e margarina, o que é péssimo para a saúde do consumidor. Então, como se proteger? Primeiro pelos órgãos de fiscalização em defesa do consumidor que vão passar a fiscalizar esses estabelecimentos, e depois, o próprio consumidor deve estar atendo aos locais que frequenta.”
LOC.: Em Goiás, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei que obriga os estabelecimentos a informarem nos cardápios os produtos análogos ao queijo utilizados em pratos vendidos. A pauta também foi pedida pela categoria de produtores de laticínios ao deputado federal, José Mário Schneider (DEM), para ser levada a Brasília na Câmara dos Deputados.
Reportagem, Agatha Gonzaga.