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A Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.), estatal que opera a malha ferroviária entre Cascavel e Guarapuava, vai passar por uma privatização. O projeto recebeu parecer favorável do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do Governo Federal, e agora aguarda posicionamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, para montar o Comitê que acompanhará todo o processo.
Atualmente a Ferroeste opera em apenas 250 quilômetros, ligando Cascavel a Guarapuava. O projeto prevê a extensão em até 1.370 quilômetros, com uma nova ferrovia entre Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e Cascavel, a revitalização do atual trecho até Guarapuava e uma nova ferrovia entre este último ponto e Paranaguá, onde está o porto. Além disso, há a intenção de construir um ramal multimodal entre Cascavel e Foz do Iguaçu.
O lucro no primeiro quadrimestre de 2020 da Ferroeste chegou a R$ 1,6 milhão, mas graças a uma parceria com a iniciativa privada para o escoamento da última supersafra. No entanto, a companhia se mostrou deficitária nos últimos 30 anos e apontou a necessidade de reformulação para modificar a infraestrutura ferroviária.
Sandro Alex, secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, explica que a inclusão do projeto no PPI foi um passo importante e decisivo na história da nova Ferroeste.
“Para o ano 2020 nós iniciamos com parcerias público privadas para o escoamento da supersafra da região Oeste e já com os planos da sua ampliação. Os números de 2020 já comprovaram a necessidade da sua ampliação, e de quanto a malha ferroviária vai ser importante para o desenvolvimento do Paraná e do País”, ressalta o secretário. “Nós estamos trabalhando agora com a perspectiva de estarmos com o cronograma em dia para que até o ano que vem possamos definitivamente entrar nessa nova etapa da Ferroeste. Tenho certeza que o Paraná está no rumo certo, ou melhor, no trilho certo.”
O pedido de inclusão da ferrovia no PPI foi feito pelo governo do Paraná. Caso o presidente aprove a decisão, o próximo passo é a formação de um comitê para acompanhar a execução do projeto em todas as etapas para sua implementação. Ele é constituído por um representante do Ministério da Economia, um do Ministério da Infraestrutura; um da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e dois representantes indicados pelo governo do Paraná.
O governo do estado, aliás, começou a investir no projeto antes mesmo dele ser incluído no PPI. A prefeitura aplicou R$ 30 milhões em melhorias e num Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica para o Nova Ferroeste.
Atualmente a Ferroeste também transporta cimento, produtos industrializados do agronegócio, madeira e combustível. O foco principal, no entanto, é o transporte de grãos, já que Paraná e Mato Grosso do Sul então entre os maiores produtores do mundo. E é justamente por esse motivo que será feita a expansão.
Segundo André Luis Gonçalves, diretor presidente da Ferroeste, o objetivo é fazer da Nova Ferroeste uma grande ferramenta de transformação do estado do Paraná. Como a concessão de exploração do trecho ainda tem mais 58 anos pela frente, uma infraestrutura ampliada capaz de alavancar ainda mais o agronegócio, dando mais poder de escoamento, além de desafogar a malha rodoviária e promover centenas de milhares de empregos.
“O projeto é tão transformador que só durante a construção, que pode levar de três a cinco anos, a expectativa é gerar quase 400 mil empregos durante o processo”, destaca André. “É um trabalho grande, que vai transformar o estado e vai ficar aí para sempre.”
Além da criação de novos empregos, o Programa de Parcerias de Investimentos do Governo Federal tem entre seus objetivos ampliar as oportunidades de investimento, estimular o desenvolvimento tecnológico e industrial e expandir com qualidade a infraestrutura pública.
O novo projeto foi qualificado no PPI no dia 10 de junho e, no último dia 25, foi promulgada a resolução. Assim que o Comitê estiver designado, o que deve ocorrer dentro de dez dias, será criado um cronograma com as datas de reuniões e execuções futuras do projeto, que deve ser encerrado no prazo de 12 meses. Isso porque a estimativa é de que o edital seja lançado no final de 2021.
A ideia é de que a ampliação possibilite que 40 milhões de toneladas de cargas, entre exportações e importações, sejam transportadas por este novo ramal a partir do Porto de Paranaguá. As projeções para 2030 são de 83 milhões de toneladas, com a possibilidade de 70% serem escoadas por ferrovia.
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