LOC: A pandemia do novo coronavírus trouxe uma nova realidade para quem vive no campo. Além da questão econômica, com produção parada e preços mais altos para insumos, por exemplo, o agricultor se deparou também com cuidados extras com higiene antes, durante e depois da produção dos alimentos.
No mercado leiteiro, boa parte dos produtores passaram a adotar medidas de segurança antes comuns a outros sistemas de produção, como suínos e aves. O pesquisador da Embrapa Marcio Roberto Silva garante que não houve alteração nesses procedimentos, que foram reforçados.
O pesquisador, que também é formado em medicina veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e doutor em saúde pública (epidemiologia) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), lista algumas dicas para produtores da cadeia de leite tomarem nesse período de crise sanitária.
“Eles devem sempre se preocupar e aumentar os hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão antes de iniciar a jornada de trabalho, durante o manejo com os animais e após o trabalho. Quando possível, o agricultor deve inclusive tomar banho antes de entrar na área limpa da ordenha. Evitar tocar os olhos, nariz e boca mesmo com as mãos lavadas. Ao espirrar ou tossir, cobrir a boca usando toalha de papel e descartar no lixo orgânico.”
LOC.: Outra dica de segurança de Marcio Roberto é que o agricultor tenha consciência de que botas, macacões e aventais são equipamentos de proteção individual, por isso devem ser utilizados somente na propriedade e lavados com frequência.
Para quem trabalha na ordenha, as unhas devem estar curtas e o cabelo preso com touca ou boné. Os equipamentos e ferramentas de uso comum devem ser higienizados com desinfetantes a base de água sanitária ou álcool 70%.
Marcio lista mais algumas recomendações.
“Planejar a compra de insumos da propriedade, tornando a ida ao comércio e a entrada de veículos na propriedade menos frequente. São cuidados adicionais importantes.”
LOC.: O pesquisador da Embrapa reforça que os agricultores resolvam tudo que for possível por telefone. E se for necessário receber um visitante, não tenha contato direto, como aperto de mão, e evite o acesso a áreas de trânsito dos animais.
Além dessas e outras medidas, mantenha pelo menos um metro de distância das outras pessoas e, se puder, fique em casa.
Reportagem, Jalila Arabi.