Créditos: Ministério da Saúde
Créditos: Ministério da Saúde

Aumenta número de casos de dengue e chikungunya em Canindé (CE)

De janeiro a agosto de 2019, foram confirmados, na cidade, 103 casos de dengue, 12 de chikungunya, além de uma notificação de zika

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O município de Canindé está com alerta de risco para infestação pelo mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. É o que revela o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti, o LIRAa. A situação é preocupante, pois o quadro se repete a cada ano desde 2013. Os dados do último balanço, divulgados no início do segundo semestre de 2019, apontam que o índice de infestação chega a 11% na cidade. De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa mínima para receber a classificação de risco é de 4%.

Foto: Ministério da Saúde
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará, de janeiro a agosto de 2019, foram confirmados, em Canindé, 103 casos de dengue, 12 de chikungunya, além de uma notificação de zika.
O coordenador municipal do Núcleo de Endemias, Gustavo Justa, afirma que um dos principais problemas que contribui para o aumento da infestação do mosquito na cidade é o armazenamento inadequado de água por parte da população. Ele ressalta que o envolvimento de cada morador no combate ao mosquito é indispensável para eliminar os focos do transmissor das três doenças.

 “A nossa principal parceria, nesse momento, tem que ser com a população. No sentido de quê? De se tornar o verdadeiro fiscal dentro da sua residência, buscando fazer esse trabalho diariamente de visita, esse trabalho de inspeção, de tratamento e, principalmente, de vedação dos depósitos de água. Nós precisamos redobrar esse trabalho, nós precisamos do apoio, mais do que nunca, da população, no sentido de fazer esse trabalho de acompanhamento, de fiscalização da sua própria residência. É aquela velha máxima: se o mosquito mata, ele não pode nascer.”

Uma das vítimas do mosquito em Canindé foi o agente de saúde Francisco de Assis de Oliveira, de 63 anos. Em 2017, ele foi acometido pela febre chikungunya. Seu Assis, como é conhecido, conta que a esposa dele, Maria Helena de Oliveira, de 72 anos, também teve a doença na mesma época. O morador do bairro Benfica relata que sofreu muito com os sintomas.

“A gente sentia dor nas articulações, dor de cabeça, erupções na pele. Eu passei mais de dois anos sentindo dores, não podia nem levantar o braço, eu não aguentava. O dela (esposa) foi mais grave um pouco. Teve um problema de erupção e a pele descascava, a pele dos pés.  Realmente é bem doloroso.”

E você? Já combateu o mosquito hoje? Faça a sua parte e não deixe água parada. Fiscalize possíveis criadouros como ralos, pneus, garrafas, vasos de flores e caixas d’água. Caso queira denunciar focos do mosquito, vá até à Secretária Municipal de Saúde. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/combateaedes.

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