O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, visitou nesta quarta-feira (17) o navio-sonda NS-42, da Petrobras, que está posicionado a 540 km da foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial. A embarcação será utilizada na fase de prospecção e pesquisa para avaliar o potencial de exploração de petróleo e gás na região. A comitiva contou com a presença do vice-governador do Amapá, Antonio Pinheiro Teles Júnior e de representantes da Petrobras. O grupo partiu de Oiapoque em viagem aérea de pouco mais de uma hora até o navio, onde conheceu a ponte de comando e recebeu detalhes técnicos da operação.
Segundo Waldez Góes, a Margem Equatorial representa uma nova fronteira energética para o Brasil e uma oportunidade de desenvolvimento sustentável para o Amapá. “O Amapá será, com certeza, um dos maiores produtores do Brasil, que tem muito petróleo no fundo desse mar aqui. Ele deve ser retirado para gerar muito emprego e renda e agregar no processo de desenvolvimento do Amapá, do Brasil e, sobretudo, garantir a transição energética e a soberania nacional”, destacou.
"O Amapá será um dos maiores produtores do Brasil, contribuindo com a nossa população, com a nossa gente e também com o Brasil", Waldez Góes, ministro do MIDR
O ministro ressaltou ter certeza que a Petrobras é uma das maiores empresas do mundo, em termos ambientais, tecnológicos, de inovação e de responsabilidade social. Ele ressaltou, ainda, o compromisso do Governo Federal com o desenvolvimento regional. “O presidente Lula tem um compromisso integral com o desenvolvimento regional e com a diminuição de desigualdades, e a cadeia do gás e petróleo é um caminho para isso", observou Góes.
Margem Equatorial
Considerada o “novo Pré-Sal”, a Margem Equatorial tem reservas estimadas em até 16 bilhões de barris de petróleo e capacidade de produção diária de 1,1 milhão de barris. Só nos próximos cinco anos, a Petrobras prevê investir US$ 3,1 bilhões em pesquisas e infraestrutura na região, utilizando tecnologias avançadas para reduzir impactos ambientais e emissões.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) atua em parceria com a Petrobras para garantir que os benefícios da exploração cheguem à população. O portfólio conjunto de ações soma mais de R$ 634 milhões em investimentos voltados à educação, capacitação profissional, bioeconomia, infraestrutura e inovação. Entre os projetos, estão a estruturação de cadeias produtivas do açaí, pescado e mandioca, além de iniciativas de qualificação tecnológica ligadas ao Programa Desenvolve Amazônia.
Impacto no Amapá
Estudos indicam que o Amapá será um dos estados mais beneficiados com a exploração, podendo registrar aumento de 61,2% no PIB e geração de 54 mil empregos diretos e indiretos. Municípios como Oiapoque, Calçoene, Amapá, Macapá, Itaubal e Santana devem sentir os primeiros impactos positivos em áreas como comércio, serviços, saúde e educação.