Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um a cada dez jovens cursa ensino técnico no Brasil; número abaixo da média dos países da OCDE

Média dos países da OCDE varia de 35% – entre os que têm de 15 a 19 anos – a 65%, entre quem tem de 20 a 24 anos. As informações são do relatório Education at a Glance

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Cerca de 11% dos jovens que têm entre 15 e 24 anos fazem cursos profissionalizantes no Brasil. O percentual é inferior à média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que varia de 35%, entre os estudantes de 15 a 19 anos, a 65%, entre quem tem de 20 a 24 anos.

Os dados constam no relatório Education at a Glance 2023,  lançado neste mês, reunindo dados da educação dos países-membro da OCDE e de países parceiros, como o  Brasil. Neste ano, o relatório tem como foco a educação profissional, considerando o “mínimo necessário para uma participação bem-sucedida no mercado de trabalho".

A pró-reitora de educação do Instituto Federal de Brasília, Rosa Amélia Pereira da Silva, destaca que investir no ensino técnico colabora para a empregabilidade dos jovens e também fortalece a economia do país.

“É importante investir no ensino técnico como porta de entrada para o mercado de trabalho, porque além da capacitação profissional, da formação integral, o investimento nessa política fortalece o processo produtivo e a economia do país”, explica.

O ensino profissional e tecnológico pode ser cursado junto com o ensino médio, com a educação de jovens e adultos (EJA) ou após a conclusão dessa etapa escolar. A modalidade de ensino é prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). 

A pró-reitora de educação do Instituto Federal de Brasília destaca que para aumentar a busca pela modalidade é preciso ter uma percepção real da formação integral promovida pela educação profissional, superando o senso comum.

“Um dos desafios do Brasil para mudar a realidade da baixa procura pelo ensino técnico no país é vencer o senso comum dessa visão tecnicista do ensino médio profissional, quando, na verdade, a escola técnica e tecnológica preza pela formação integral dos seus estudantes”, esclareceu.

Frente pela Educação Profissional e Tecnológica

Para aumentar o número de matrículas e a qualidade desta modalidade de ensino, foi proposta a Frente Parlamentar em Favor da Educação Profissional e Tecnológica (Frente EPT). A Frente EPT foi criada pelo Projeto de Resolução do Senado 31/2023, de autoria do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). A frente funcionará no Senado, mas poderá receber a adesão de deputados.

O senador Astronauta Marcos Pontes destaca a importância do ensino profissional e tecnológico, que prepara o jovem para exercer uma profissão. “O ensino profissionalizante, ele traz enormes vantagens para a empregabilidade desses jovens. Por quê? Primeiro, porque eles se qualificam dentro das necessidades e demandas das empresas, ou seja, do mercado de trabalho”. 

A Frente ETP ainda tem como objetivo o amplo debate com os diversos segmentos da sociedade sobre esta modalidade de ensino, buscando aprimorar a legislação. Também visa acompanhar políticas públicas sobre o tema e ampliar o investimento público na área. 
 

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LOC.: Cerca de um a cada dez jovens entre 15 e 24 anos fazem cursos profissionalizantes no Brasil. O percentual é inferior à média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE. O relatório Education at a Glance 2023 mostra que entre os países-membros da OCDE, o percentual de estudantes no ensino técnico varia de 35%. entre os estudantes de 15 a 19 anos, a 65%, entre quem tem de 20 a 24 anos. 

 A pró-reitora de educação do Instituto Federal de Brasília, Rosa Amélia Pereira da Silva, defende a importância do ensino técnico profissional. 

TEC./SONORA: pró-reitora de educação do Instituto Federal de Brasília, Rosa Amélia Pereira da Silva
“Um dos desafios do Brasil para mudar a realidade da baixa procura pelo ensino técnico no país é vencer o senso comum dessa visão tecnicista do ensino médio profissional, quando, na verdade, a escola técnica e tecnológica preza pela formação integral dos seus estudantes.”


LOC.: A educadora destaca que investir no ensino técnico colabora para a empregabilidade dos jovens e também fortalece a economia do país.

TEC./SONORA: pró-reitora de educação do Instituto Federal de Brasília, Rosa Amélia Pereira da Silva
“É importante investir no ensino técnico como porta de entrada para o mercado de trabalho, porque além da capacitação profissional, da formação integral, o investimento nessa política fortalece o processo produtivo e a economia do país.”


LOC.: Para aumentar o número de matrículas e a qualidade desta modalidade de ensino, foi proposta a Frente Parlamentar em Favor da Educação Profissional e Tecnológica. 

O senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, foi o autor da proposta de criação da frente. Ele destaca a importância do ensino profissional e tecnológico, que prepara o jovem para exercer uma profissão.

TEC./SONORA: senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
“O ensino profissionalizante ele traz enormes vantagens para a empregabilidade desses jovens. Por quê? Primeiro porque eles se qualificam dentro das necessidades e demandas das empresas, ou seja, do mercado de trabalho.” 


LOC.: A Frente ainda tem como objetivo ampliar o debate com os diversos segmentos da sociedade sobre esta modalidade de ensino, buscando aprimorar a legislação. Também visa acompanhar políticas públicas sobre o tema e ampliar o investimento público na área. 

Reportagem, Janine Gaspar