Data de publicação: 04 de Outubro de 2021, 15:10h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:34h
O Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), assinaram contrato para cessão do Projeto Fosfato de Miriri para a empresa BF Mineração, que deverá investir em pesquisas geológicas visando a produção de fertilizantes de fosfato. O estudo visa beneficiar o mercado agrícola do Nordeste, especialmente a região formada pelo Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, denominada Matopiba, considerada emergente produtora de grãos do país.
Esteves Conalgo, diretor-presidente da SGB-CPRM, disse que a empresa cumpre com o seu papel ao disponibilizar ativos minerários importantes, estudados pela SGB-CPRM no passado, e cedido à BF Mineração, que dará continuidade ao projeto visando à instalação de um empreendimento mineral que beneficiará toda a sociedade local e regional.
Já o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, comentou que o investimento irá gerar renda e emprego na localidade, além de atender a uma necessidade essencial da agricultura brasileira. “Apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo, nós ainda somos um grande importador de fertilizantes, o que aumenta o custo do alimento. Com esse empreendimento de Miriri, o custo será reduzido, beneficiando o cidadão local e também toda sociedade brasileira”, afirmou Bento Albuquerque.
O fosfato é um dos principais insumos para produção de fertilizantes minerais, amplamente utilizados pela indústria do agronegócio. Atualmente, o Brasil depende da importação desse produto mineral, enquanto a produção brasileira de fosfato está concentrada na região centro-sul. O projeto Fosfato de Miriri tem potencial para reduzir a dependência de produtos importados na região Nordeste.
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O Projeto Fosfato Miriri abrange sete processos minerários e está localizado em uma área total de 6.112,18 hectares, ao sul de João Pessoa (PB). A área abrange os municípios de Alhandra e Pedra do Fogo, na Paraíba, e Goiana, em Pernambuco. O projeto faz parte do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do Governo Federal.
Na esteira do Complexo Polimetálico de Palmeirópolis, Miriri é o segundo projeto de ativos minerários da CPRM com contrato assinado para pesquisa complementar e posterior desenvolvimento da jazida. O diretor de Parcerias em Energia, Petróleo, Gás e Mineração da Secretaria Especial do PPI, Hugo Affonso, afirma que se trata da consolidação do trabalho técnico de modelagem dos leilões, submetido à aprovação do Tribunal de Contas da União, que continuará permitindo ao SGB-CPRM e ao PPI ofertarem novos ativos minerários ao setor nos próximos meses