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O número de casos notificados das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti aumentou em Pernambuco, em 2019. Até 14 de setembro, a Secretaria Estadual de Saúde registrou um crescimento de 160% nos casos de dengue, 175,8% nos de zika e 134% nos de chikungunya, em comparação com o mesmo período do ano passado.
E Sertânia acompanha o cenário estadual. De janeiro para setembro, 356 pessoas do município foram diagnosticadas com dengue, cinco com chikungunya e cinco com Zika. Segundo dados informados pelo coordenador da Vigilância em Saúde municipal, Luiz Henrique Alexandre dos Santos, em 2018, houve uma confirmação de dengue, uma de chikungunya e nenhuma confirmação de Zika. Preocupado com o crescimento registrado este ano, o coordenador explica as consequências que a picada do mosquito pode trazer para a vida da população.
“A influência da picada do mosquito vai desde a vida intrauterina até a terceira idade. Pode afetar a vida intrauterina através do Zika vírus, que pode causar microcefalia e más formações congênitas. Em relação à terceira idade e, também, à idade adulta, pode limitar a capacidade física do adulto através da chikungunya, se tornando uma doença crônica. Ademais, também tem a dengue, que tem os seus quatro tipos. Dependendo do sorotipo, existem sorotipos mais graves – o DENV-2 e DENV-3 – e podem levar à morte através da hemorragia.”
Para reverter a situação e diminuir a incidência das doenças transmitidas pelo mosquito, a secretária de Saúde de Sertânia, Mariana Grace Araújo Ferreira Patriota, conta com a participação dos moradores da região.
“Peço à população para ver quintais, o acúmulo de água – seja da chuva ou em caixa d’água que não esteja coberta. Que tenha esse cuidado, junto com os profissionais de saúde, para gente combater esses mosquitos que trazem tantas doenças. É um mosquito pequeno, mas que traz doenças grandes e que podem ser fatais.”
A mobilização e participação de todos é o que podem evitar casos como da Luciana Estelita Lafayette, de 45 anos, e do Gilclecio de Lucena Santos, de 31 anos. Luciana, que é servidora pública do município, foi acometida pela febre chikungunya em 2016 e conta o que sentiu.
“Eu senti dores horríveis. Você pensa em uma dor ruim, é pior. Muita dor de cabeça. Mas o pior são as dores em todo canto. Você faz força para levantar o braço e não consegue. Não consegue sair da cama. Fiquei três dias em casa de cama e com alguém ajudando – era da cama para o banheiro.”
Em 2017, a vítima da doença foi o funcionário do Hospital Maria Alice Gomes Lafayette, Gilclecio de Lucena Santos. Com sintomas similares, ele relata sua experiência.
“Senti muitas dores nas articulações, muita dificuldade até para tirar a camisa, para fazer funções simples do dia-a-dia, como tomar banho, ir ao banheiro e até levantar. Tive muitas dores mesmo nas pernas, braços e cabeça, e muita febre, em torno de 39, 40 graus.”
Como os sintomas das três doenças são muito similares no início: febre, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, náusea, manchas vermelhas no corpo, é importante procurar atendimento médico para diagnóstico e tratamento adequados. É o que recomenta a gerente de Vigilância das Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde, Claudenice Pontes.
“Essas arboviroses além de no início ter uma sintomatologia bem parecida, ela também pode ser confundida com outros tipos de viroses. Mas, na dúvida, o ideal é sempre pensar na possibilidade de ser arbovirose. Evitar algum medicamento que possa provocar um processo hemorrágico e hidratar. Beber bastante água nesse período. Hidrate bastante no período em que estiver com a sintomatologia.”
É fundamental ter cuidado com todos os locais que possam acumular água parada independente da época do ano, pois os ovos do mosquito são resistentes e podem sobreviver no meio ambiente por 450 dias, bastando pouca quantidade de água para que haja a eclosão das larvas. Proteja sua família. Lembre-se que o combate começa por você. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/combateaedes.
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