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LOC: A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda. Se virar lei, a partir de 2026, estarão isentos quem recebe até 5 mil reais por mês, enquanto quem ganha entre 5 mil e 7 mil 350 reais terá descontos graduais no imposto.
O projeto também cria o Pert-Baixa Renda, um programa de parcelamento de dívidas para pessoas físicas com renda de até 7 mil 350 reais. O benefício será integral para quem recebe até 5 mil e parcial para quem está na faixa acima. A adesão será feita por requerimento, e o programa abrangerá débitos vencidos até a data da publicação da lei.
Outra novidade é a criação do Imposto de Renda da Pessoa Física Mínimo, que incidirá sobre rendas anuais acima de 600 mil reais, com alíquota de até 10%. Lucros e dividendos continuam isentos até 50 mil reais por mês, com retenção de 10% para valores superiores, inclusive para remessas ao exterior.
O relator, senador Renan Calheiros, destacou a importância social da proposta.
TEC/SONORA: Renan Calheiros, senador (MDB-AL)
“Esse projeto é fundamental: beneficia 10 milhões de contribuintes, especialmente 95% das regiões mais pobres do Brasil. Em outras palavras, equivale a um 14º salário e vai, sobretudo, garantir uma elevação da renda das pessoas mais pobres.”
LOC.: Para o advogado tributarista Marco Antônio Ruzene, a medida beneficia um número significativo de contribuintes, mas também representa que o governo abre mão de parte de suas receitas tributárias, compensadas pela criação da tributação sobre os dividendos.
TEC/SONORA: Marco Antônio Ruzene, advogado tributarista
“No meu atendimento o assunto, principalmente relacionado aos dividendos, merecia uma discussão mais ampla, aliás, amplitude que deveria alcançar o imposto de renda numa forma geral, porque nós tivemos em 2003 uma ampla discussão sobre a reforma tributária sobre o consumo e o próximo passo seria a discussão sobre o imposto de renda, e no meu entendimento o caminho deveria ser no mesmo sentido, pensar numa emenda constitucional e fazer uma reforma realmente duradoura e impactante no setor”
LOC.: O projeto segue agora para análise da Câmara dos Deputados, enquanto estados e municípios terão compensação da União para eventuais perdas de arrecadação, escalonada até 2035.
Reportagem, Livia BRaz