LOC.: O segundo repasse de maio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) terá queda expressiva. A transferência para as prefeituras que ocorre nesta segunda-feira (20) é quase 15% menor do que a realizada no mesmo período ano passado.
Os municípios vão partilhar cerca de um bilhão, duzentos e oitenta milhões de reais, enquanto no segundo decêndio de maio de 2023 esse valor foi de um bilhão, quatrocentos e quarenta milhões de reais. Especialista em orçamento público, Cesar Lima diz que o resultado é preocupante, mas ressalta que o saldo do ano ainda é positivo para as prefeituas.
TEC./SONORA: Cesar Lima, especialista em orçamento público
"Temos um resultado não muito satisfatório em relação ao FPM que vai ser pago agora no dia 20. O fato preocupante é que tem uma queda bem expressiva em relação ao ano passado que, se somarmos a inflação do período, dá mais de 14%, mas é importante frisar que, no geral do ano, ainda temos um resultado positivo."
LOC.: Com pouco mais de quatro mil habitantes, de acordo com o IBGE, Pedra do Indaiá — no oeste mineiro — depende de transferências da União e do estado para manter as contas em dia, uma vez que a arrecadação própria é baixa, diz o prefeito Mateus Marciano dos Santos.
Ele conta que mais da metade dos recursos da cidade vêm dos repasses do FPM e que variações negativas impactam a continuidade de políticas públicas ofertadas à população.
TEC./SONORA: Mateus Marciano dos Santos, prefeito de Pedra do Indaiá (MG)
"O meu município vive essencialmente de FPM e, quando ocorre uma queda como essa, eu tenho que repensar todas as obras e serviços em andamento pelo receio de virem mais quedas nos próximos meses. Eu vou ter que repensar o cenário para a gente poder, inclusive, fechar o mandato que se finda esse ano."
LOC.: Até a última quinta-feira (16), 19 municípios estavam impedidos de receber o FPM. Entre eles, estavam Itajá, em Goiás, Canarana, em Mato Grosso, Rio das Flores, no Rio de Janeiro e Foromoso do Araguaia, no Tocantins.
Reportagem, Felipe Moura.