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Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) mostram que o número de roubo de cargas caiu na Região Metropolitana de São Paulo nos primeiros sete meses de 2023. De acordo com o levantamento, o número de ocorrências na Grande São Paulo de janeiro a julho deste ano foi de 1.039, representando uma diminuição de 17,7% em relação ao mesmo período de 2022.
Somente no mês de julho, houve uma diminuição de 36,3% nos roubos de cargas, com 116 ocorrências. No mesmo mês do ano passado, foram 182 roubos.
Segundo a Polícia Civil do Estado de São Paulo, as maiores reduções nesses crimes aconteceram nos municípios que compreendem a Delegacia Seccional de Taboão da Serra – com 22 casos a menos – e de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, com queda de 18 registros, ambos em comparação a julho do ano passado.
Em nota a Polícia Militar do estado afirmou que as ações de policiamento ostensivo para evitar o crime de roubo de cargas contam com o apoio da Polícia Civil e com outros órgãos públicos das esferas estadual e municipal.
“Várias regiões contam com efetivo policial adicional, por meio de efetivos oriundos da Operação Delegada e DEJEM, a Diária Especial por Jornada Especial Militar, assim como o apoio de policiamento de batalhões especializados. As Operações realizadas pela Instituição, tais como Impacto, Visibilidade, Saturação, Pinçamento visam, entre outros objetivos, intensificar as ações de presença, coibindo a ação de eventuais infratores, assim como a prisão desses, buscando sempre a pronta resposta da Instituição contra os crimes”, diz a nota.
Para o especialista em segurança pública, Leonardo Santana, além da fiscalização ostensiva das vias é necessário investir em tecnologia.
“Existe um baixíssimo investimento em tecnologia de segurança quando se trata de transporte de carga. Nós temos uma ideia de que é importante ter a polícia para depois que acontece o evento criminoso, depois que aquela carga é distribuída, o que fica tudo muito mais caro depois em processos investigativos para que haja uma recuperação. Então, a tecnologia hoje resolve muito isso”, diz.
Santana ainda ressalta que é importante avaliar com mais cuidado as políticas públicas para que se consiga ter mais sucesso no transporte de cargas.
“É importante que se verifique todas as políticas públicas que são desenhadas para esse tipo de transporte. Um exemplo que pode ser citado é quando se deseja que as cargas que ingressem naquele estado, passem a circular por pela parte interna das vias onde a grande ou a maior quantidade de caminhões passam. Isso significa que elas vão estar mais próximas das comunidades e, consequentemente, vão oferecer maior risco para aquelas pessoas que estão conduzindo aquelas cargas e para quem deseja que o seu material chegue do ponto A para o ponto B”, explica.
De acordo com o especialista em segurança pública, entre os produtos mais visados nos roubos de cargas, estão os eletrônicos e aqueles de fácil comercialização.
“A gente pode caracterizar como todas aquelas que são direcionadas a mercados, todas aquelas que podem ser distribuídas não apenas para o dono de um estabelecimento comercial, mas também que possam ser distribuídas para a população de uma maneira geral, dificultando que ela consiga ser rastreada. Outras mercadorias que possuem um resultado também muito vantajoso para o criminoso são os medicamentos, pelo alto valor que eles possuem e pela dificuldade de serem rastreados, e quando nós falamos de aparelhos de celular, que são produtos pequenos, mas com alto valor de mercado”, afirma.
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