Foto: Arquivo/EBC
Foto: Arquivo/EBC

RS: estoques de sangue do estado estão em nível regular, mas Hemorgs pede por mais doadores para impedir queda observada no início da pandemia

Hemocentros dão atenção especial aos tipo O positivo e negativo

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

O Rio Grande do Sul apresentou queda de 15% nas doações de sangue durante o início da pandemia. No entanto, após esforço do Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (Hemorgs), o estoque de sangue atingiu um nível regular. A entidade procura mais doadores das tipagens negativas e do sangue tipo O positivo, indica a coordenadora do Setor de Captação de Doadores do Hemorgs, Dra. Roberta Abbad.

“Com a pandemia, tivemos uma queda de 15 a 20% de candidatos à doação de sangue. A falta de adesão afeta diretamente no tratamento da saúde das pessoas que precisam dos hemocomponentes. O mais difícil, sem dúvida, é o sangue tipo O negativo. Por ser o doador universal, ele consegue auxiliar os demais doadores, mas ele só pode ser ajudado por ele mesmo. Também precisamos do O positivo porque 35% da população do estado possui essa tipagem”, explicou.

O estado possui oito hemocentros e dois hospitais que funcionam como unidade de coleta e hemoterapia. A sede do Hemorgs está localizada em Porto Alegre, na Avenida Bento Gonçalves,  número 3722, próxima à Secretaria Estadual de Saúde. Agende a sua doação pelo WhatsApp, na Central de Atendimento ao Doador, pelo número (51) 98405-4260.  Há também os hemocentros regionais, que ficam nos municípios de Alegrete, Caxias do Sul, Cruz Alta, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Santa Rosa.

Segundo a coordenadora, as campanhas precisam ser frequentes porque só assim os estoques de sangue podem ser mantidos de forma regular. “Quando fazemos campanhas na mídia, rádio ou redes digitais temos um retorno positivo. Na medida em que paramos com as campanhas, as pessoas acham que está tudo bem. Infelizmente agora estamos com o estoque no nível regular. Ainda não está no nível crítico”, explicou.

Exemplo de solidariedade

A pandemia pode ter afastado muitos doadores, mas não conseguiu impedir Larissa Alves de doar sangue. A jovem, de apenas 20 anos, doou pela primeira vez durante a pandemia. A doação representa um grande sonho, já que a estudante sempre quis doar sangue, mas não podia por conta da anemia.

“Sempre tive vontade, só não pude nos anos passados porque tinha anemia e agora não tenho mais. Acho importante a doação de sangue, ajuda a salvar outras pessoas que precisam. Vale muito a pena, é um procedimento bem rápido e tranquilo”, conta Larissa.

FOTO: Arquivo Pessoal / Larissa Alves doando sangue no Hemorgs.

Importância da doação regular

A doação é voluntária e pode beneficiar milhares de pessoas, independente do parentesco. De acordo com o Ministério da Saúde, são realizadas três milhões de doações de sangue por ano na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destaca a importância da doação regular.

“Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E nesse sentido, é importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente, com a nossa união, a vida se completa.”

Onde doar sangue no Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, além dos oito hemocentros, há dois hospitais em Porto Alegre que funcionam como unidades de coleta e hemoterapia. Procure a unidade mais próxima de sua região e faça a sua doação de sangue e medula óssea. Para saber mais informações sobre o endereço e horário de funcionamento, veja o mapa abaixo. 

Critérios para doação de sangue e medula óssea

De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.

Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Já os vacinados, devem esperar o tempo de imunização que vai depender da marca do imunizante.

Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de 3 meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de 2 meses entre as doações. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.

Candidatos a doação de medula óssea devem ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doença infecciosa ou incapacitante. Segundo o Redome, algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados.

No dia da doação, será preciso apresentar documento de identificação com foto. Para saber mais sobre os critérios e restrições de sangue, acesse o portal da Secretaria de Estado de Saúde.

Receba nossos conteúdos em primeira mão.