A empreendedora Vivi, durante lançamento do programa Mulheres de Favela. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A empreendedora Vivi, durante lançamento do programa Mulheres de Favela. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

EMPREENDEDORISMO FEMININO: CAIXA lança laboratório de inovação social do Mulheres de Favela

Nesta fase inicial, que ainda prevê laboratórios em Salvador (BA) e São Paulo (SP), serão investidos R$ 16,6 milhões

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Mãe de três filhos, Vivi, da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, tem que se desdobrar como empreendedora para dar conta das dificuldades da vida. “Passei por muita dificuldade e confesso que não é uma caminhada fácil, mas é uma caminhada possível através de esforço, da capacitação, do estudo. Eu quero agradecer a CUFA, à CAIXA por viabilizar esse projeto acreditando em nós, mulheres de favela. Essa é uma oportunidade para a gente voar mais alto ainda.”

Agora, outras mulheres como Vivi terão mais apoio para transformar suas vidas. Isso porque a CAIXA lançou o primeiro laboratório de inovação social pelo programa Mulheres de Favela. Iniciativa da CAIXA em parceria com a CUFA, sigla para Central Única das Favelas, o programa busca impulsionar o desenvolvimento socioeconômico nas favelas, com foco na emancipação das mulheres.

O Mulheres de Favela conta com investimento inicial de R$ 16 milhões e 600 mil reais do Fundo Socioambiental CAIXA (FSA). Neste primeiro momento, o recurso será aplicado em 3 laboratórios de inovação social nas favelas do Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

O laboratório de inovação social abriga oficinas de empreendedorismo, organização e educação financeira. No local, as empreendedoras contam com a ajuda de uma incubadora de negócios, serviços de formalização de empresas, orientação contábil e de produtos bancários. 

Durante o funcionamento do espaço, as mulheres poderão escolher até três cursos de qualificação profissional. 

A CAIXA também aproveita o espaço para orientar as pessoas a utilizar  app CAIXA Tem e detalhes sobre outros serviços relacionados ao banco, como FGTS, habitação e benefícios sociais.

Uma das principais iniciativas de capacitação oferecida pelo Mulheres de Favela é a oficina de upcycling. Nela, as participantes aprenderão a transformar resíduos e materiais recicláveis em produtos a serem comercializados. As mulheres também terão acesso a oficinas de maquiagem, manicure, tranças e design de sobrancelhas.
Também estará disponível um “Espaço Kids”, onde são realizadas atividades com as crianças enquanto as mães ou responsáveis participam do laboratório. 

A cerimônia de lançamento do laboratório ocorreu no Complexo da Penha, na capital fluminense, e contou com a presença da primeira-dama, Janja Lula da Silva; da ministra da Igualdade Social, Anielle Franco; do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; e da presidenta da CAIXA, Maria Rita Serrano, além de outras autoridades federais e estaduais. 

Maria Rita Serrano aproveitou a solenidade para reforçar a necessidade de garantir ações de empreendedorismo e de crédito à população feminina. “A CAIXA em cumprimento ao seu papel social vem aqui hoje junto com à vocês lançar esse programa que vai atender num primeiro momento aqui na comunidade, 300 mulheres. Depois dessa primeira etapa, nós trataremos com ações de empreendedorismo voltada para a possibilidade de microcrédito, microfinanças. Porque não basta dar o curso, tem que ter os instrumentos de fato para que isso vire um renda.”

No evento, a primeira-dama Janja Lula da Silva ressaltou o empreendedorismo feminino que o projeto Mulheres de Favela vai incentivar na comunidade.
“As politicas públicas não são feitas por um governo, elas são politicas de estado e para a população. Esse projeto [Mulheres de Favela] vai descobrir muito talento. Não é só um curso de esmaltação, de trança. Isso que está acontecendo aqui hoje a gente consegue transformar vidas, dando às mulheres oportunidades. Vocês estão conquistando uma coisa que é direito das mulheres.”

Depois do Complexo da Penha, será a vez dos laboratórios das cidades de Salvador e São Paulo. A expectativa é que 300 mulheres sejam capacitadas em cada laboratório, após 45 dias de formação prática. Outras 1.500 devem participar das oficinas online e demais atividades. A expectativa é que as trilhas alcancem 50 mil pessoas.

O Mulheres de Favela tem três etapas. Na primeira, presencial, serão feitas atividades práticas em empreendedorismo, como educação financeira e gestão de negócios. A segunda etapa será pelo Whatsapp, com uma trilha de vídeos curtos sobre empreendedorismo gravados por mulheres da favela. A ideia é gerar identidade e pertencimento. A última etapa será feita em uma plataforma digital, em que as mulheres vão ter acesso a uma trilha com aprofundamentos sobre educação financeira.

Para mais informações, acesse caixa.gov.br.

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