Foto: Reprodução/Youtube
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Representante da Opas no Brasil defende autonomia na produção de insumos e equipamentos estratégicos em saúde

Socorro Gross, representante da Organização Pan-Americana de Saúde no Brasil, disse que a pandemia evidenciou que as Américas devem diminuir a dependência da produção de outros países

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A representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, defendeu que o Brasil e os vizinhos sul-americanos busquem autonomia quando o assunto é a produção de insumos e equipamentos estratégicos de saúde. Segundo ela, a pandemia ensinou que a dependência de medicamentos e de matérias-primas de outros países deve ser evitada. A declaração foi feita durante a abertura do 1º Fórum Global do Complexo Industrial da Saúde, em Brasília, nesta terça-feira (16). 

“Nossa região experimentou, nessa pandemia e, agora, com a monkeypox, que a globalização dos produtos também tem que ter um olhar de autonomia, soberania, proteção e seguridade. As Américas foram uma região totalmente desprotegida de produtos muito simples, que o Brasil tem tudo para produzir, como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais da saúde, medicamentos de alto e baixo custo, que hoje trazemos de outras regiões do mundo”, afirmou. 

“Que não tenhamos nunca uma repetição dessa natureza, onde indústrias de fora fecham e nós ficamos sozinhos”, apelou. Socorro Gross também disse que o Brasil tem potencial para ser referência desse movimento no nível regional. 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que o Brasil é signatário de uma proposta no âmbito do G-20, que reúne as vinte maiores economias do mundo, que tem o objetivo de fortalecer os complexos industriais de saúde para garantir mais “equidade na oferta dos insumos estratégicos”. 

O titular da pasta também pontuou que o Brasil é um dos maiores mercados do mundo para a indústria farmacêutica e que o papel do governo é não atrapalhar a iniciativa privada. “Juntos, acreditando nos senhores, como nós acreditamos, nós podemos fazer muito mais. Temos uma estrada de mão dupla, que tem que ser construída de maneira compartilhada. É a parceria do governo com a iniciativa privada”. 

A diretora do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde do Ministério da Saúde, Maíra Carneiro, concordou que este é o momento de fomentar a produção nacional de insumos na área da saúde. “A gente entende que está num momento de necessidade de fortalecimento de cadeias produtivas regionais e de suprimento, o contexto da necessidade de soberania de insumos farmacêuticos ativos (IFAS), dados os desafios impostos pela pandemia, a guerra e muitos outros que virão”, disse. 

O evento

O Complexo Industrial da Saúde (CIS) é formado pelos setores industriais de base química e biotecnológica, que produzem os fármacos, medicamentos, imunobiológicos, vacinas, hemoderivados e reagentes; e de base mecânica, eletrônica e de materiais, responsáveis pelos equipamentos mecânicos, eletrônicos, próteses, órteses e materiais. 

Esses setores industriais se relacionam com os hospitais, serviços de saúde e de diagnóstico, a sociedade e o Estado para ofertar serviços e produtos em saúde. No Ministério da Saúde, a atuação no CIS ocorre por meio da Coordenação-Geral do Complexo Industrial da Saúde. 

O fórum realizado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira promoveu o encontro e debates entre os representantes de instituições públicas e privadas que fazem parte do CIS. 

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LOC.: A representante da Organização Pan-Americana de Saúde no Brasil, Socorro Gross, defendeu que o Brasil e os vizinhos sul-americanos busquem autonomia quando o assunto é a produção de insumos e equipamentos estratégicos de saúde. 
A declaração foi feita durante a abertura do 1º Fórum Global do Complexo Industrial da Saúde, em Brasília, nesta terça-feira (16). 

TEC./SONORA: Socorro Gross, representante da Opas no Brasil
 

“Nossa região experimentou, nessa pandemia e, agora, com a monkeypox, que a globalização dos produtos também tem que ter um olhar de autonomia, soberania, proteção e seguridade. As Américas foram uma região totalmente desprotegida de produtos muito simples, que o Brasil tem tudo para produzir


LOC.: O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que o Brasil é signatário de uma proposta no âmbito do G-20, que reúne as vinte maiores economias do mundo, que tem o objetivo de fortalecer os complexos industriais de saúde para garantir mais equidade na oferta dos insumos estratégicos. 

O titular da pasta também pontuou que o Brasil é um dos maiores mercados do mundo para a indústria farmacêutica e que o papel do governo é não atrapalhar a iniciativa privada. 

TEC./SONORA: Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
 

“Juntos, acreditando nos senhores, como nós acreditamos, nós podemos fazer muito mais. Temos uma estrada de mão dupla, que tem que ser construída de maneira compartilhada. É a parceria do governo com a iniciativa privada”. 
 


LOC.: O fórum reuniu instituições públicas e privadas para debater inovação, desenvolvimento tecnológico em saúde e as estratégias para fortalecimento das cadeias produtivas regionais. 

Reportagem, Felipe Moura.