LOC.: O rendimento domiciliar per capita no Brasil passou de R$ 1.367 para R$ 1.625 em 2022, o que representa um aumento de quase 19%. Esse rendimento corresponde à renda total da família dividida pelo número dos moradores. Os dados são do IBGE, calculados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad.
O Distrito Federal ficou em primeiro lugar no ranking, com o valor de 2.913 reais. Na segunda posição ficou São Paulo, seguido por Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já com os menores rendimentos estão os estados do Norte e Nordeste, como o Maranhão, com renda domiciliar de 810 reais.
De acordo com o economista e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas Rodolpho Tobler, o crescimento econômico já era esperado.
TEC./SONORA: Rodolpho Tobler, economista e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FVG Ibre)
“A gente vê as principais do UFs sendo mantidas ali, as UFs com menor salário com menor rendimento médio per capita, e as maiores se mantendo mais ou menos parecidas.”
LOC.: Os valores são obtidos a partir do rendimento do trabalho e de outras fontes recebidas pelos moradores de cada domicílio brasileiro. Tobler ainda afirma que 2022 teve um grande impacto no mercado de trabalho devido ao reajuste de benefícios sociais, como o Auxílio Brasil.
Para o doutor em economia e professor da Universidade Mackenzie Hugo Garbe, o aumento significativo de geração de emprego tem relação com o crescimento da renda.
TEC./SONORA: Hugo Garbe, doutor em economia e professor da Universidade Mackenzie
“Quando a gente tem uma geração mais forte de emprego no país, você aumenta a renda média da população e consequentemente você aumenta a renda per capita.”
LOC.: Garbe explica que pode haver a manutenção desse crescimento, mas não tão forte quanto em 2022. Já Rodolpho Tobler alerta para os desafios do crescimento da renda, já que a economia deve reagir de maneira mais lenta.
Reportagem, Nathália Guimarães