Créditos: Ministério da Saúde
Créditos: Ministério da Saúde

Rede de saúde quer ampliar diagnóstico de hanseníase no Mato Grosso do Sul

A informação sobre a manifestação clínica da hanseníase em cada pessoa é fundamental para determinar o tipo da doença como paucibacilar ou multibacilar

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

Apesar da fama antiga da hanseníase, a doença tem tratamento e cura. Quando o infectado é diagnosticado com antecedência e faz o tratamento correto, fica livre de qualquer sequela física. Foi o que aconteceu com Arnaldo Cárcere, aposentado de 71 anos, morador de Campo Grande. Quando ainda trabalhava como agente penitenciário, percebeu uma mancha marrom no pé com perda de sensibilidade, e buscou um médico. Com o conhecimento antecipado da condição, ele pôde iniciar o tratamento, e garantir que manteria uma rotina normal pelo resto da vida. 

“Eu fiz tratamento durante seis meses, e daí seis meses depois fiz os exames e não tinha concluído a cura. Aí eu fui lá no hospital São Julião, fiz todos os exames e aí foi detectado a multibacilar. Aí fiz um ano de tratamento. Estava curado. Mas a gente passa mais uns quatro, cinco anos fazendo exames para ver se não voltou, e aí foi concluído tudo ano passado, sem nenhum problema mais. Para mim, a hanseníase é uma doença igual às outras, o tratamento correto tem cura”. 

Créditos: Ministério da Saúde

A informação sobre a manifestação clínica da hanseníase em cada pessoa é fundamental para determinar o tipo da doença como paucibacilar ou multibacilar, única forma que transmite a bactéria e pode infectar outras pessoas. Nos dois períodos de intervenção médica, Arnaldo não precisou mudar a rotina. O hospital São Julião, no bairro de mesmo nome, é uma das referências no atendimento para a doença em todo o estado. De acordo com a gerente técnica de Tuberculose e Hanseníase do Mato Grosso do Sul, Geisa Poliane de Oliveira, todos os municípios estão preparados para atender os pacientes.

“Todos os municípios, as unidades de saúde da atenção básica têm condição de fazer diagnóstico da hanseníase. Porém, além das Unidades Básicas de Saúde dos municípios, nós temos as de referência. Hoje nós temos em Campo Grande o Hospital São Julião. Ele é uma ex-colônia, e é referência no tratamento de hanseníase. Ele tá na capital, então ele é localizado bem no centro do estado”.

Por isso, o importante é ficar atento aos sinais do seu corpo. Ao surgimento de qualquer mancha em que você perceba a perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou frio, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menores as chances de sequelas. A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS. Por isso, não esqueça: identificou, tratou, curou. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/hanseniase. 

 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.