Produção de veículos na fábrica da montadora em São José dos Pinhais (PR). Foto: Volkswagen.
Produção de veículos na fábrica da montadora em São José dos Pinhais (PR). Foto: Volkswagen.

Produção industrial do Paraná perde força na passagem de maio para junho, aponta IBGE

De acordo com balanço feito pelo instituto, houve perda na produção industrial em dez dos 15 locais pesquisados

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A produção industrial no Brasil apresentou queda em dez dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados se referem a junho de 2021 – quando o balanço passou pela última atualização – e são comparados ao mês imediatamente anterior.

Uma das perdas mais acentuadas foi verificada no estado do Paraná. Neste recorte, a Unidade da Federação teve queda de 5,7%. Os números também repercutiram no Congresso Nacional. Segundo o deputado federal Gustavo Fruet (PDT-PR), o quadro se deve ao cenário de pandemia, que afetou, inclusive, os mercados de importação e exportação.

“É necessário que a retomada seja acompanhada de questões macroeconômicas. E esses fatores também apontam indicadores preocupantes, tendo em vista a questão cambial dos indicadores que apontam crescimento da inflação, um crescimento do PIB abaixo do esperado, e também um recuo em relação a investimentos”, considera.

Cenário nacional

De acordo com pesquisa do IBGE, a produção nacional teve variação nula na passagem entre maio e junho. Quando comparada com junho de 2020, a produção industrial subiu 12%.

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Para o resultado deste último recorte, o conselheiro do Conselho Federal de Economia, Carlos Eduardo de Oliveira Júnior, entende que houve uma participação do avanço da vacinação contra Covid-19. Já para justificar a estagnação na comparação anterior, ele elenca variados fatores.

“Isso pode ser detectado por alguns problemas conjunturais. Um deles é a elevação dos custos, com a elevação dos produtos importados, e também com a elevação do dólar. Isso faz com que a produção se reduza. Agora, temos uma grande incógnita, porque a elevação no preço da energia elétrica também vai fazer com que a produção não cresça, porque a energia elétrica está muito cara”, afirma.  

O balanço do IBGE revela, ainda, que, no indicador acumulado para o período entre janeiro e junho deste ano, frente a igual período de 2020, a expansão verificada na produção nacional alcançou doze dos quinze locais pesquisados, com destaque para Ceará (26,8%), Amazonas (26,6%) e Santa Catarina (26,1%).
 

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