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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB) por falta de verba. A iniciativa, criada para reduzir a fila de pedidos de aposentadorias e auxílios, foi interrompida após o comunicado oficial emitido pelo órgão. A medida tem efeito imediato e afeta diretamente os mais de 2,6 milhões de brasileiros que aguardam a liberação de benefícios.
O presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, solicitou mais de oitenta e nove milhões de reais ao Ministério da Previdência para retomar o programa, que paga bônus de produtividade a servidores e peritos para reduzir a fila de pedidos de benefícios previdenciários. O bônus é pago a quem ultrapassasse as metas diárias de trabalho, mas o valor total, somando salário e gratificações, não podia ultrapassar o teto do funcionalismo. Após uma greve de 235 dias de médicos peritos do INSS, a fila de espera aumenta desde o ano passado.
Sem os incentivos, novas avaliações foram paralisadas, tarefas em andamento voltaram às filas normais e agendamentos fora do expediente foram suspensos.
O PGB, criado em 2024 e transformado em lei em 2025, tinha orçamento de duzentos milhões de reais para este ano, previa bônus de sessenta e oito a setenta e cinco reais por processo, e era esperado a sua continuidade até 31 de dezembro de 2026. A falta de recursos reflete o ajuste fiscal do governo, e especialistas alertam que a fila deve crescer, impactando aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC.