LOC.: Pessoas com dívidas em atraso com bancos e instituições financeiras têm até o dia 15 de abril para participar do Mutirão de Negociação e Orientação Financeira, edição 2024. A iniciativa é promovida pelo Banco Central, pela Federação Brasileira de Bancos, Secretaria Nacional do Consumidor e Procons.
A contadora e membro da Comissão Nacional de Voluntariado do CFC, Roberta Veras, explica que podem ser negociadas dívidas em atraso e que não tenham bens dados em garantia.
TEC./SONORA: Roberta Veras, contadora e membro da Comissão Nacional de Voluntariado do CFC
“Por exemplo, nós temos cartão de crédito, cheque especial ou demais modalidades de crédito que estejam sendo contratadas por bancos ou até mesmo por qualquer instituição financeira.”
LOC.: Os interessados em participar do mutirão podem solicitar a renegociação de suas dívidas diretamente às instituições financeiras, por meio do consumidor.gov ou nos Procons que aderiram ao programa.
A autônoma Joana dos Santos, de 48 anos, afirma que possui dívidas atrasadas, que não foram resolvidas com o programa Desenrola Brasil — e por isso, tem interesse em participar do mutirão.
TEC./SONORA: Joana dos Santos, autônoma, 48 anos, moradora de Ceilândia (DF)
“Eu quero participar da renegociação de cartão de crédito, vou ver quais são as dívidas ativas para me preparar melhor.”
LOC.: O economista e analista político-econômico João Paulo Maia afirma que pessoas que se enquadram nos requisitos do Desenrola Brasil devem procurar a renegociação dentro do programa.
Ele aponta que o mutirão veio como um complemento para o Programa.
TEC./SONORA: João Paulo Travasso Maia, economista e analista político-econômico
“Nós vemos que 80% das pessoas que estão negativadas são reincidentes. ou seja, elas vão acumulando dívidas e dívidas e dívidas. Então para solucionar esse problema não basta só renegociação, precisamos auxiliar essas pessoas de forma com que elas tenham educação financeira suficiente para conseguir manter e não voltar, não reincidir na inadimplência no futuro.”
LOC.: Maia ainda alerta que os superendividados têm direito à renegociação global. E que aqueles que não possuem condição financeira devem procurar o Procon mais próximo.
Reportagem, Nathália Guimarães