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Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, o número de doações de sangue voltou a crescer no Pará. Segundo a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), entre janeiro e junho deste ano, foram coletadas 45.932 bolsas de sangue na hemorrede estadual, o que corresponde a um aumento de 15% em comparação às doações efetivadas no mesmo período de 2020.
O percentual representa cerca de seis mil bolsas de sangue a mais para atender inúmeros pacientes dos hospitais públicos e privados do estado. Com o bom resultado, a Fundação busca, agora, atrair e fidelizar mais voluntários, de modo a manter seguros os níveis de estoque no estado. O Pará possui mais de um milhão de candidatos a doação cadastrados no Hemopa. No entanto, a quantidade de doadores regulares, ou seja, que compareceram ao hemocentro pelo menos três vezes ao ano, não chega nem a metade desse número.
De acordo com dados do Hemopa, há necessidade de doações de todos os tipos sanguíneos, mas principalmente as tipagens “O positivo” e “O negativo” que estão em níveis de alerta.
O hemocentro coordenador está localizado na capital, Belém, na rua Travessa Padre Eutíquio, número 2109, bairro Batista Campos. O telefone para contato é o (93) 3110-6500. Além dele, o Hemopa dispõe também de hemocentros regionais em quatro municípios: Santarém, Marabá, Abaetetuba e Castanhal.
O presidente do Hemopa, Paulo Bezerra, destaca a importância da doação e pede para que a população doe sangue regularmente. “Você não encontra o sangue em um lugar para comprar. Encontra somente no braço de cada ser humano. Peço sempre para que a doação de sangue vire uma rotina na vida de cada um. A gente faz esse apelo para que não seja apenas uma única doação, mas que doe com regularidade para mantermos os estoques e atender toda a demanda hospitalar.”
Assim como em outras unidades da federação, o Pará também sofreu com o impacto da pandemia nos bancos de sangue. De acordo com o presidente do Hemopa, a redução do número de coletas chegou a 11% no ano passado. Em 2019, foram realizadas 94.439 doações. Já em 2020, foram 84.964. Paulo explica que a redução não foi tão expressiva devido ao trabalho de conscientização feito pelo hemocentro ainda no início da crise sanitária.
“Nós tivemos a preocupação de que poderia haver essa fuga de doadores devido à pandemia. Mas o Hemopa fez um trabalho de conscientização sobre a segurança de estar no hemocentro e sobre a necessidade desta ação de solidariedade porque precisamos continuar atendendo todas as demandas transfusionais do Pará.”
O sangue é insubstituível e fundamental para preservar a vida humana. Muitas pessoas com doenças crônicas, como câncer ou anemia grave, precisam de transfusão sanguínea para sobreviver. Além dos pacientes que vão passar por algum tipo de procedimento médico ou cirúrgico.
O Hemopa possui unidades de coleta espalhadas em 10 municípios do Pará. O hemocentro coordenador em Belém é o que atrai o maior número de doadores, seguido dos polos de Santarém, Marabá, Castanhal e Abaetetuba, Altamira, Redenção, Capanema e Tucuruí.
“Você está construindo um elo para vida ajudando pessoas a voltarem aos seus entes queridos”. É assim que o técnico em segurança do trabalho Alan Costa, de 39 anos, define a doação de sangue. Há pouco mais de duas décadas, o morador do bairro da Pedreira, na grande Belém, é doador regular de hemácias e plaquetas no Hemopa.
A sua primeira doação foi aos 19 anos de idade. Desde então, ele comparece ao hemocentro entre três a quatro vezes ao ano para doar. Já são mais de 72 doações. No ano passado, Alan também doou plasma para ajudar em pesquisas científicas sobre um potencial tratamento de pacientes doentes pela Covid-19.
“A doação de sangue é tão importante porque ajuda a salvar vidas. E é tão simples que não leva muito tempo, não te prejudica em nada e você consegue ajudar até quatro pessoas a lutarem por suas vidas. Para mim é uma caridade de fator inestimável.”
Em 2010, Alan juntou a sua vontade de ajudar ao próximo com o amor pelo seu time do coração e levou para Belém o projeto “Sangue Corintiano”. A iniciativa é realizada pelo Corinthians e tem como objetivo conscientizar os torcedores sobre a importância da doação de sangue. Desde 2008, a campanha nacional do timão arrecadou mais de 60 mil doações em todo país, de acordo com o time paulista.
“Sou representante da campanha Sangue Corinthiano aqui em Belém. Já fizemos na capital paraense 33 edições dessa campanha onde procuramos fidelizar pessoas que torcem e apoiam o Corinthians a se tornarem doadores assíduos.”
Alan Costa ainda lembra que, em tempos de pandemia, a solidariedade se tornou um ato fundamental para a sociedade. Para quem ainda não é doador de sangue, ele deixa um recado.
“Sempre tem alguém que está em um leito do hospital querendo retornar para a sua vida normal. Principalmente agora nessa situação da Covid em que a gente percebeu a fragilidade humana e o quanto as pessoas são importantes e significativas para gente.”
A doação é voluntária e pode beneficiar milhares de pessoas, independente do parentesco. De acordo com o Ministério da Saúde, são realizadas três milhões de doações de sangue por ano na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destaca a importância da doação regular.
“Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E, nesse sentido, é importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa.”
O Hemopa possui unidades de coleta de sangue e medula óssea em cinco municípios. As unidades dos hemocentros regionais estão localizadas em Belém, Santarém, Marabá, Castanhal e Abaetetuba. A instituição também dispõe de um posto de coleta no Castanheira Shopping, na capital. Procure uma unidade mais próxima da sua cidade e faça a sua doação. É possível agendar a sua doação pelo telefone 0800 280 8118. Para saber mais informações sobre endereços e horários de funcionamento das unidades, veja o mapa abaixo.
De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois o lanche. Isso tudo leva em média 40 minutos.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Já os vacinados devem esperar o tempo de imunização que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois 2 meses. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Candidatos à doação de medula óssea devem ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doença infecciosa ou incapacitante. Segundo o Redome, algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. No dia da doação, será preciso apresentar documento de identificação com foto. Para saber mais sobre os critérios e restrições para doação de sangue e de medula óssea, acesse o site hemopa.pa.gov.br.
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