LOC.: De acordo com um estudo feito pela American Heart Association e publicado no periódico Stroke, as mulheres com idades entre 25 e 44 anos têm mais chances de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), do que os homens com a mesma faixa etária.
O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola explica que estatisticamente os homens sofriam mais AVCs, por negligências com a saúde. Alerta, contudo, que com o passar do tempo, as mulheres vêm sendo cada vez mais afetadas pelo AVC. Para o médico, esse motivo pode ser explicado muitas vezes pela mudança do estilo de vida, pois as mulheres estão cada vez trabalhando mais, e com uma vida mais estressada e mais atribulada, o que eleva os níveis de estresse.
TEC./SONORA: Victor Hugo Espíndola - neurocirurgião
“Vale lembrar que as mulheres são submetidas a parte de variação hormonal. Então todas essas alterações hormonais durante o ciclo menstrual e a menopausa, também predispõe ao AVC. Além do uso constante e contínuo de anticoncepcional, que pode ser um fator de risco.”
LOC.: A funcionária pública, Daniela Pina, relata que sofreu um AVC aos 34 anos, enquanto amamentava sua filha recém-nascida. Ela conta que sentia cansaço extremo e atribuía isso ao fato de não conseguir dormir, pois a bebê acordava a cada uma hora para mamar.
Daniela conta que a pressão arterial dela após o parto aumentou consideravelmente, mas não teve complicações que pudessem causar o AVC como pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.
Após o episódio, ela conta que teve a rotina completamente afetada, pois precisou se afastar do trabalho para cuidar da saúde, está tomando remédios e fazendo o acompanhamento na rede de hospitais Sarah Kubitschek.
TEC./SONORA: Daniela Pina - funcionária pública
“Eu estou fazendo tratamento de reabilitação no Sarah, fui admitida aqui no começo do ano. Aqui eu faço aula de reeducação à escrita, que é pra me estimular a pensar. Não tive danos na escrita, mas me estimula a pensar e as minhas sequelas foram maiores na parte cognitiva”
LOC.: De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são, fraqueza ou formigamento no rosto, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental; alteração da fala ou compreensão; alteração na visão (em um ou ambos os olhos); alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar e dor de cabeça súbita, intensa, sem motivo aparente.
O neurocirurgião ressalta que os cuidados para evitar o AVC são cuidados básicos com o estilo de vida, ou seja, controlar a pressão arterial, controlar a diabetes, procurar fazer atividades físicas, controlar a obesidade e o colesterol.
Reportagem, Sophia Stein