LOC.: A modernização do setor elétrico precisa avançar no Brasil, na avaliação do diretor-executivo do Conselho Mundial de Energia, Nelson Fonseca. Para o especialista, enquanto a modernização regulatória não chega, a migração dos consumidores regulados para o mercado livre implica na transferência de custo para os pequenos consumidores.
TEC.SONORA: Nelson Fonseca, diretor-executivo do Conselho Mundial de Energia
“Precisamos introduzir mudanças para evitar que todos os custos das mudanças que vêm sendo implantadas recaiam sobre o consumidor cativo de energia elétrica. Nós temos que evitar que a dona de casa, o consumidor residencial, o pequeno comércio acabe pagando a conta”.
LOC.: A declaração foi feita durante o workshop “Principais desafios para o novo modelo do setor elétrico”, realizado pela Confederação Nacional da Indústria, a CNI, nesta quarta-feira (26).
Na visão do diretor do Conselho Mundial de Energia, a aprovação do projeto de lei 414, que cria o marco regulatório para o setor elétrico, solucionaria os principais problemas.
O gerente de Energia da CNI, Roberto Wagner, também defendeu que é urgente uma regulação bem feita para que o setor funcione melhor.
TEC./SONORA: Roberto Wagner, gerente de energia da CNI
“As mudanças têm acontecido, têm sido muito rápidas, como o caso da geração distribuída, dessas novas energias como eólica e solar, que estão entrando muito forte e precisam de um tempinho para arrumar a casa. O setor só tem a ficar mais forte e vai ser um dos setores destaque, principalmente destaque do ponto de vista ambiental. O Brasil tem uma das matrizes mais renováveis do mundo e tende a ficar cada vez mais renovável e limpa. E isso vai ser sempre por um diferencial, uma vantagem para o Brasil”.
LOC.: O projeto de lei do marco legal do setor elétrico ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados e aguarda a criação de Comissão Temporária pela mesa.
Reportagem, Landara Lima