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O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (15) a instalação de um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à Mpox. Durante reunião na sede da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), onde o COE foi instalado, a secretária da pasta Ethel Maciel destacou as principais ações para conter a disseminação da Mpox, entre elas:
Durante o webinário "Situação Epidemiológica e Resposta à Mpox no Brasil", realizado nesta terça-feira (13), o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) Draurio Barreira disse que, embora os casos no Brasil não sejam tão expressivos, é preciso manter as medidas preventivas.
“Nós temos um aumento sem precedentes na África. Mas nessa época de globalização que a gente vive, ter um caso na África, na Ásia, em qualquer lugar, significa um risco de isso se tornar uma epidemia global. Acho que essa iniciativa do webinário é uma antecipação para que não sejamos pegos de surpresa, caso tenhamos uma nova pandemia.”
Segundo o Ministério da Saúde, desde o início do surto de Mpox em 2022 até hoje, o Brasil registrou 12.215 casos confirmados ou prováveis da doença. Desses, 91,3% são pacientes do sexo masculino e 70% têm entre 19 e 39 anos.
Só em 2024, foram 696 casos confirmados e 13 prováveis, sendo 85,9% do sexo masculino, 44% entre 30 e 39 anos e 30,6% entre 18 e 29 anos. Além disso, este ano, foram contabilizadas 49 hospitalizações e cinco internações em UTI.
Desde 2022, foram registrados 16 óbitos por Mpox, todos do sexo masculino, com idades entre 26 e 35 anos. O último óbito no Brasil pela doença foi confirmado no dia 17 de abril de 2023.
O diretor do Dathi Draurio Barreira ressalta a importância de ficar atento aos sintomas e buscar tratamento.
“Nós não temos um teste rápido, mas os testes que nós temos são testes de grande precisão, no sentido de que são testes moleculares ou de sequenciamento genético. Mas não dá tempo de esperar o diagnóstico definitivo por método laboratorial para que a gente evite o processo da transmissão da doença. Portanto, na sintomatologia de pústulas, de erupções cutâneas, de feridas, de todas as manifestações cutâneas que possam aparecer, a gente tem que pensar imediatamente na Mpox. Porque, de fato, é o raciocínio que a gente tem que fazer de pensar em Mpox, isolar o paciente, começar o tratamento disponível de suporte.”
Durante a reunião de instalação do COE, o Ministério da Saúde manteve a recomendação de vacinação contra Mpox para:
Saiba mais no site do Ministério da Saúde.
Ministério da Saúde recomenda que estados e municípios façam vigilância local dos casos de Mpox
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