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LOC.: A cultura popular e tradicional está no centro das novas políticas do Ministério da Cultura. E a relação entre essas culturas e as mudanças climáticas é tema do Seminário Internacional “Culturas Tradicionais e Populares e Justiça Climática: Diálogos Globais, Conhecimentos Locais”, na Chapada dos Veadeiros.
O evento é realizado por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC), do MinC. Ele foi idealizado como um passo na construção de uma política nacional que reconheça os saberes ancestrais como patrimônio vivo e estratégico para o futuro do país. É o que destaca a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
TEC./SONORA: MINISTRA MARGARETH MENEZES
“Reconhecemos e valorizamos as culturas populares e tradicionais como elemento central para a identidade e diversidade cultural do nosso país. (+) Nós temos nos empenhado para promover e implementar políticas públicas de cultura para todos os brasileiros e brasileiras e para as manifestações e expressões culturais que são tão diversas quanto o nosso povo.”
LOC.: O objetivo da iniciativa interministerial é garantir que mestres, mestras, comunidades e grupos culturais sejam protagonistas da política pública, ampliando direitos e fortalecendo identidades. Como explica a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg.
TEC./SONORA: MÁRCIA ROLLEMBERG
"O Ministério da Cultura está trabalhando em parceria com outros ministérios, fez uma ampla escuta da sociedade na construção dessa política nacional para as culturas populares tradicionais e esse evento representa mais um passo na pactuação dessa importante política para a valorização dos detentores dos conhecimentos tradicionais, dos formadores da nossa identidade nacional.”
LOC.: A relação dos mestres e mestras como guardiões de saberes e como agentes fundamentais para enfrentar os desafios climáticos está no centro das discussões do seminário, afirma o diretor de Culturas Tradicionais e Populares da SCDC, Tião Soares.
TEC./SONORA: TIÃO
“É impossível falarmos de culturas tradicionais e populares sem homenagear a coragem e a determinação das mestras e mestres que com seus conhecimentos milenares perpetuam saberes e práticas que sustentam suas comunidades e por extensão, o próprio planeta. (+)
Eles são o elo vital que une as gerações, que mantém vivas as memórias, que ensinam a conexão e conectam profundamente os termos com a terra, com as águas, com as florestas, com a água e a ecologia, com os povos originários”.
LOC.: A construção de identidades, memória, ancestralidade e a resistência dos povos foi a mensagem da poeta quilombola, mestra e conferencista, Ana Mumbuca.
TEC./SONORA: ANA
“Seguimos levando os nossos modos de ser para diversos territórios e seguimos construindo rede de parentesco, afeto, proteção, saberes por onde andamos. Reafirmamos com isso o nosso compromisso com a dádiva da defesa dos nossos territórios, como forma de uma manutenção física, cultural e espiritual das gerações atuais e futuras.”
LOC.: O desafio agora é transformar esse acúmulo em diretrizes concretas de valorização da cultura popular, que dialoguem com questões atuais como justiça climática, sustentabilidade e diversidade cultural.