Data de publicação: 10 de Maio de 2023, 12:05h, atualizado em 01 de Agosto de 2023, 16:31h
LOC.: Minas Gerais está de olho no mercado promissor do hidrogênio verde. O estado, que é um dos principais líderes na produção de energia solar do país, desponta em investimentos no setor. Só este ano, a Eletrobras Furnas atingiu a produção de uma tonelada e meia de hidrogênio verde na planta instalada na usina hidrelétrica de Itumbiara, localizada na divisa de Minas com Goiás.
Esta é a primeira vez no país que uma planta de hidrogênio verde alcança essa marca de produção. Já no sul do estado, o projeto H2Brasil, em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), desenvolve uma iniciativa para a aplicação do hidrogênio verde junto a empresas siderúrgicas.
Para o deputado Zé Silva, do Solidariedade de Minas Gerais, que integra a Frente Parlamentar para o Desenvolvimento Sustentável do Petróleo e Energias Sustentáveis, o Brasil tem uma grande possibilidade de reindustrialização, a partir do uso do hidrogênio verde.
TEC./SONORA: Zé Silva, deputado federal (Solidariedade-MG)
“O hidrogênio verde, tanto produzido por fontes renováveis como energia solar, energia eólica, que está em franca expansão do Brasil, mesmo aquele do gás natural, já que o Brasil grande parte do gás produzido, injeta a metade. Então, na minha visão, o hidrogênio verde vai permitir muito rapidamente que o Brasil seja um grande vendedor de hidrogênio para exportar, especialmente para a Europa, trabalhar também na reindustrialização do país, a descarbonização de diversos setores da economia brasileira”.
LOC.: Atualmente, o Brasil é o terceiro país que mais produz energia renovável no mundo, atrás apenas de EUA e China. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica indicam que em 2022 a geração de energia por meios renováveis atingiu 92%.
De acordo com a professora de materiais e ciências do ambiente Lina Varon, a cadeia de hidrogênio verde no país vai demandar um novo entendimento sobre o consumo energético.
TEC./SONORA: Lina Varon, professora de materiais e ciências do ambiente
“Novos processos de fabricação vão ter que ser analisados, onde se utiliza um combustível fóssil, vai entrar agora, um hidrogênio e uma energia renovável. Então, grandes coeficientes operacionais desse processo, vão ter que mudar. Isso demanda novas profissões, novas experiências.”
LOC.: Dados de um levantamento realizado pela BloombergNEF projetam o Brasil como um dos poucos países capazes de oferecer hidrogênio verde a um custo inferior a US$ 1 por quilo, até 2030.
Reportagem, Landara Lima.