Data de publicação: 25 de Outubro de 2022, 18:50h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:35h
O mercado diminuiu de 5,62% para 5,60% a expectativa de inflação para 2022, de acordo com o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nessa segunda-feira (24). Foi a 17ª vez seguida que as instituições reviram para baixo a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo o IBGE, o IPCA acumulado nos últimos 12 meses é de 7,17%. O índice vem de três quedas consecutivas (deflação) entre julho e setembro, e a aposta do mercado é de que ele vai continuar caindo até dezembro.
José Luiz Pagnussat, presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), destaca que a limitação do ICMS sobre os combustíveis e a Selic em alta contribuíram para a tendência de queda na previsão da inflação pelo mercado.
“Especialmente a partir do momento em que o governo passou a adotar uma política de certo controle sobre os combustíveis, que impactam todos os setores da economia, ou seja, reduzem custo e, com isso, você acaba tendo uma redução de preços e, claro, o Banco Central elevou taxa de juros num patamar bastante significativo comparado com outros países e isso ajudar a segurar a inflação”, avalia.
A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 aumentou de 2,71% para 2,76%, segundo o Focus. Foi a segunda alta consecutiva da estimativa. Para 2023, o mercado estima que o PIB vai subir 0,63%, ante os 0,59% projetados no relatório Focus da semana passada.
“A tendência é a gente continuar a ter previsões melhores de inflação, ou seja, ela se reduzindo e, ao mesmo tempo, tendo uma revisão para cima do PIB. O Brasil começou o ano com a pior previsão de crescimento do mundo e, agora, está se aproximando de uma previsão mais ou menos equilibrada ao comportamento médio mundial”, diz Pagnussat.
Já a previsão em torno da Selic, a taxa básica de juros da economia, permaneceu em 13,75% para 2022, e em 11,25% para o ano que vem.
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