Data de publicação: 26 de Janeiro de 2022, 14:18h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:34h
Chegou a hora de comprar o material escolar e neste ano o aumento deve chegar a 30%, segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE). De acordo com a entidade, as indústrias e os importadores estão sofrendo um aumento de custos considerável, o que vai refletir nos preços dos produtos finais.
Alguns pais já se programam para as visitas nas papelarias. Pesquisas e mais pesquisas. Judson Matos, psicanalista e pai de cinco filhos, mora na Cidade Ocidental,em Goiás, e diz que uma das alternativas para pagar mais barato pelos materiais dos filhos é a análise de preços e paciência. “Material escolar você tem que pesquisar porque os preços variam de local para local, de papelaria para papelaria. Pesquiso muito antes de comprar.”
Diferente de Judson, a comerciante Renata Freire, mãe de dois filhos, estudantes do ensino infantil, em Águas Claras, no Distrito Federal, não tem tempo para pesquisar preços, mas tem encontrado outra solução para pagar mais barato. Se mantém fiel à mesma loja anualmente. “Como eu trabalho o dia todo não tenho tempo pra ficar fazendo pesquisa de uma papelaria para outra. Então, todo ano vou na mesma loja, e eles me dão um desconto.”
O economista Newton Marques diz que com os preços elevados, muitas pessoas têm procurado usar material de segunda mão, quando possível.“São formas diferenciadas para fazer uma poupança e não gastar tanto. Muita criatividade tem sido utilizada pelos consumidores nesse começo de período escolar para evitar que o gasto seja elevado.”
O diretor geral do Procon do Distrito Federal, Marcelo de Souza, orienta os pais a sempre lembrarem de verificar com a escola o que foi usado no semestre anterior. "Os pais devem checar com as escolas sobre a utilização do material que não foi usado no semestre ou no ano letivo. As instituições devem devolver o material que não foi utilizado, e esse material pode sim ser reaproveitado no ano seguinte.”
Diferenças nos preços
Recentemente uma pesquisa do Procon de São Paulo constatou diferenças expressivas em diversos itens na lista de material escolar. A maior diferença encontrada foi de 381,11%; uma caixa com 6 cores (90g) de uma massa de modelar que era vendida em um local por R$ 12,99 e em outro, por R$ 2,70; o preço médio apurado foi de R$ 4,83.
O núcleo pesquisou os seguintes produtos no período de 7 a 10 de dezembro de 2021: apontador, borracha, caderno, canetas esferográfica e hidrográfica, colas em bastão e líquida, giz de cera, estojo de lápis de cor, lápis preto, lapiseira, marca texto, massa de modelar, papel sulfite, refil para fichário.
Dicas para a compra dos materiais
- Pesquisar bastante os preços, seja em lojas de rua, nos shopping centers e lojas online. Os preços costumam oscilar muito e dado o volume de itens a serem comprados;
- Pagamento à vista, em dinheiro, pode render desconto. O cliente deve perguntar antes se o preço à vista é o mesmo do preço parcelado;
- Fazer compras conjuntas em livrarias, editoras e no atacado. Isso aumenta a probabilidade de conseguir preços menores;
- Verificar quais dos produtos da lista de material o consumidor já possui em casa e, ainda, se estão em condição de uso, evitando assim, compras desnecessárias;
- Na lista de material, as escolas não podem exigir a aquisição de qualquer material escolar de uso coletivo (materiais de escritório, de higiene ou limpeza, por exemplo), conforme determina a Lei nº 12.886 de 26/11/2013.