LOC.: A doença de Alzheimer prevalece entre as demências na população mundial acima de 65 anos. A demência é caracterizada pelo declínio em uma função cognitiva superior, ligada à capacidade de responder às dinâmicas do dia a dia. Por exemplo: memória, linguagem, atenção, velocidade de processamento...
No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas vivem com alguma forma de demência. A expectativa é que esses números tripliquem até 2050. Isso mostra que a Alzheimer deve ser entendida como uma prioridade em saúde pública.
Em resposta a essa demanda, o governo brasileiro desenvolveu iniciativas que incluem o financiamento de uma pesquisa da Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária, do Departamento dos Ciclos da Vida do Ministério da Saúde, com a Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. O objetivo é estimar o número de pessoas com demência hoje e com projeções para o futuro, além de dados sobre a mortalidade e o estigma relacionados à doença e as taxas de subdiagnóstico. Assim, será possível planejar ações no cuidado dessas pessoas e de suas famílias.
A neurologista Adriana Barros fala sobre a prevenção.
TEC./SONORA: Adriana Barros - Neurologista
“As principais formas de prevenção, a gente ainda não tem isso muito bem estabelecido. O que a gente já tem em termos de evidência científica, que tem uma correlação positiva com o menor risco de demência. Fazer atividade física regularmente pelo menos 150 minutos por semana. Então três vezes de 50, 5 vezes de 30 minutos com atividades tanto aeróbica que é a caminhada, corrida, quanto de reforço muscular, musculação, pilates e hidroginástica.”
LOC.: Segundo a médica, o tratamento vai depender do estágio em que o paciente se encontra.
TEC./SONORA: Adriana Barros - Neurologista
“Nós temos dois grupos de medicamentos, os anticolinesterásicos que ajudam a estimular mais as sinapses dos neurônios e a gente tem a memantina que é um medicamento que vai evitar ação tóxica de alguns outros neurotransmissores”.
LOC.: O envelhecimento populacional tem gerado desafios não só para o paciente, mas para as famílias, a sociedade e a gestão pública. Segundo especialistas, a melhor forma de melhorar a qualidade de vida desses pacientes é manter o cuidado regular. O acompanhamento médico deve ser feito com equipe multidisciplinar, com enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, na medida das necessidades do paciente. Além disso, a recomendação é tentar manter o máximo possível de interação, sobretudo com a família.
Reportagem, Sophia Stein