Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Leilão concede 15 aeroportos em seis estados à iniciativa privada

Concessão é válida por 30 anos e, segundo o governo, garante investimento da ordem de R$ 7,3 bilhões


Na sétima rodada de leilão de aeroportos, mais 15 terminais de seis estados foram concedidos à iniciativa privada. Juntos, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), eles representam cerca de 15% do movimento de passageiros do transporte aéreo brasileiro. Os aeroportos estão localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso do Sul e Amapá. O martelo foi batido nesta semana na B3, bolsa de valores sediada na capital paulista.

A concessão tem prazo de 30 anos e, segundo o governo federal, garante investimentos da ordem de R$ 7,3 bilhões. Os 15 terminais foram divididos em três blocos. O Bloco SP-MS-PA-MG, liderado por Congonhas, em São Paulo, é composto ainda pelos aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará; Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais, e foi arrematado pela Aena Desarollo Internacional SME SA por R$ 2,45 bilhões.

Já o Bloco Aviação Geral, integrado pelos aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo, e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, foi arrematado por R$ 141,4 milhões e teve como vencedor a XP Infra IV FIP EM INFRAESTRUTURA. Por fim, o Bloco Norte II, formado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP), foi arrematado pelas empresas Dix e Socicam, que pagaram R$ 125 milhões pelos dois terminais. 

Na avaliação do economista Renan Pieri, as concessões vão ao encontro da necessidade de investimentos nos terminais brasileiros. 

“Tem como objetivo aumentar o volume de investimentos na expansão da capacidade de voos, principalmente em rotas regionais. O Estado, devido aos problemas fiscais e alto déficit público, tem dificuldade de promover investimento em infra em geral. Portanto, faz sentido conceder esses aeroportos a empresas que, em troca da exploração comercial do aeroporto, são obrigadas a fazer investimento”, avalia. 

Pieri avalia que a concessão de terminais é uma maneira de alavancar a taxa de investimentos no país e promover crescimento econômico, ao mesmo tempo que melhora o setor de infraestrutura brasileiro. 

No leilão de concessão, o diretor-presidente da Anac, Juliano Noman, destacou que o objetivo do governo federal é universalizar o acesso à infraestrutura. “É parte de uma grande estratégia do governo federal, uma grande estratégia para o nosso setor, de universalizar o acesso à infraestrutura, levar aviação e conectar o país. Os valores que estão aqui vão para o Fundo Nacional de Aviação Civil e voltam para o setor na forma de investimento nos aeroportos regionais, apoiando aqueles aeroportos que estão em estados e municípios”, disse.

Alguns dos principais aeroportos brasileiros já haviam sido concedidos anos atrás como parte de uma estratégia visando melhorar o funcionamento de terminais para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Alguns deles são Guarulhos (São Paulo), Confins (Minas Gerais), Galeão (Rio de Janeiro) e Brasília. Atualmente, cerca de 70% do tráfego aéreo ocorre em terminais que pertencem à iniciativa privada.
 

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LOC.: Na sétima rodada de leilão de aeroportos, mais 15 terminais de seis estados foram concedidos à iniciativa privada. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, juntos eles representam cerca de 15% do movimento de passageiros do transporte aéreo brasileiro. O martelo foi batido nesta semana na B3, bolsa de valores sediada na capital paulista.

Os aeroportos estão localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso do Sul e Amapá. A concessão tem prazo de 30 anos e, segundo o governo federal, garante investimentos da ordem de mais de sete bilhões de reais. 

Na avaliação do economista Renan Pieri, as concessões vão ao encontro da necessidade de investimentos nos terminais brasileiros. 
 

TEC./SONORA: Renan Pieri, economista.

“Tem como objetivo aumentar o volume de investimentos na expansão da capacidade de voos, principalmente em rotas regionais. O Estado, devido aos problemas fiscais e alto déficit público, tem dificuldade de promover investimento em infra em geral. Portanto, faz sentido conceder esses aeroportos a empresas que, em troca da exploração comercial do aeroporto, são obrigadas a fazer investimento.”
 


LOC.: Pieri avalia que a concessão de terminais é uma maneira de alavancar a taxa de investimentos no país e promover crescimento econômico, ao mesmo tempo que melhora o setor de infraestrutura brasileiro. 

No leilão de concessão, o diretor-presidente da Anac, Juliano Noman, destacou que o objetivo do governo federal é universalizar o acesso à infraestrutura. 
 

TEC./SONORA: Juliano Noman, diretor-presidente da ANAC.

“É parte de uma grande estratégia do governo federal, uma grande estratégia para o nosso setor, de universalizar o acesso à infraestrutura, levar aviação e conectar o país. Os valores que estão aqui vão para o Fundo Nacional de Aviação Civil e voltam para o setor na forma de investimento nos aeroportos regionais, apoiando aqueles aeroportos que estão em estados e municípios.”
 


LOC.: Alguns dos principais aeroportos brasileiros já haviam sido concedidos anos atrás como parte de uma estratégia visando melhorar o funcionamento de terminais para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. 

Alguns deles são Guarulhos, em São Paulo, Confins, em Minas Gerais, Galeão, no Rio de Janeiro, e o terminal de Brasília. Atualmente, cerca de setenta por cento do tráfego aéreo ocorre em terminais que pertencem à iniciativa privada.