LOC.: A indústria de fertilizantes brasileira contribui com aproximadamente 2,2% do Produto Interno Bruto do agronegócio; 6,0% do PIB da agropecuária; e cerca de 15% do PIB da cadeia de insumos. Os dados são do Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias-Primas para Fertilizantes. Além disso, o setor é responsável por mais de 28 mil empregos diretos e indiretos.
A advogada especialista em agronegócio Michele Lima explica que o Brasil precisa utilizar fertilizantes, já que os solos não possuem todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento. Ela ressalta que o Brasil está “extremamente dependente” do mercado internacional.
TEC./SONORA: Michele Lima, advogada especialista em agronegócio
“Nos últimos anos a gente percebeu que essa indústria vem cada vez mais sendo sucateada, com várias empresas saindo do setor, justamente por esse custo de transição. Com todo esse contexto, a gente chega em um cenário que estamos extremamente dependente do mercado internacional e a variação do preço do dólar e das condições socioeconômicas dos outros países, elas geram uma flutuação muito grande e uma insegurança para o produtor.”
LOC.: O Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes, o Profert, foi pensado para estimular o setor no país e reduzir a dependência externa de fertilizantes.
De acordo com o autor do projeto que cria o Profert, o senador Laércio Oliveira, do PP de Sergipe, aumentar a produção nacional de fertilizantes é uma medida necessária para evitar riscos à segurança alimentar da população brasileira.
TEC./SONORA: senador Laércio Oliveira (PP-SE)
“No mercado, ouvindo todos os atores, a gente percebeu que, de fato, esse seria o caminho a seguir pela necessidade que o país tem, pela grandeza que é o nosso agronegócio. Mas tornou-se uma questão de soberania nacional porque a gente não poderia conviver esses anos daqui para frente com uma dependência tão grande de fertilizantes importados para que o nosso agro cresça cada vez mais."
LOC.: A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou, nesta terça-feira (19), a criação do Profert. O projeto segue agora para análise em caráter terminativo da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, ou seja, não precisa ser votado no plenário se não receber emendas dos senadores.
Reportagem, Fernando Alves