Data de publicação: 07 de Março de 2023, 13:00h, atualizado em 07 de Março de 2023, 12:27h
LOC: O Índice de Preços ao Produtor das Indústrias Extrativas e de Transformação (IPP) divulgado pelo IBGE mostra um crescimento de 0,29% em janeiro e acumula 2,24% em um ano. O IPP é O indicador que mede os preços dos produtos “na porta de fábrica”, sem o acréscimo de impostos e fretes.
Para o economista Diones Cerqueira, a subida do Índice em janeiro é preocupante. Ele observa que o IPP havia registrado, recentemente, duas deflações nos preços da indústria extrativa e da indústria de transformação, que agora mostra uma tendência de crescimento.
SONORA: Diones Cerqueira, economista
“É um resultado preocupante, porque a gente vem de duas deflações, vamos dizer assim. Nós temos uma queda no mês de novembro, ela se acirra no mês de dezembro e agora, em janeiro, nós temos uma variação positiva. Então a gente tem uma reversão de tendência. A gente tinha uma tendência de queda dos preços dos bens, dessas duas atividades, e a partir de janeiro a gente passa a ter uma variação positiva.”
LOC: Cerqueira é especialista em Políticas Públicas voltadas para o Desenvolvimento Industrial. Segundo o economista, o movimento registrado pelo IBGE abrange também o maior número de atividades industriais.
SONORA: Diones Cerqueira, economista
“Quando a gente olha a caracterização desse aumento, no contexto da indústria em geral, a gente observa que ele foi puxado pelas indústrias extrativas. A indústria extrativa teve uma variação do IPP de 9,62%. É uma variação muito elevada. Ela também reverte uma tendência que vinha de queda no nível de preços.”
LOC: Os setores que mais influenciaram na subida dos Preços ao Produtor das Indústrias Extrativas e de Transformação divulgados pelo IBGE - entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano - foram os chamados “bens intermediários” (cujos preços subiram 0,35%) e os bens de consumo (0,28%), além de 0,55% de subida registrada nos preços dos bens de consumo duráveis, e 0,23% de crescimento em cima dos preços dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Reportagem: José Roberto Azambuja