Data de publicação: 29 de Março de 2023, 18:30h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:25h
Medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) deste mês de março variou 0,18% em março. O percentual é inferior ao apurado em fevereiro, quando o índice variou 0,21%. No acumulado deste ano, o índice tem alta de 0,70%, e no dos últimos 12 meses a alta é de 8,17%.
O economista Newton Ferreira explica que é preciso analisar o índice com base no movimento do mercado, levando em conta os desafios econômicos e a taxa de juros do país. “O Índice Nacional de Construção Civil continua em 12 meses ainda pressionado, ainda mais de 8% em 12 meses (...) Temos que aguardar o que vai acontecer com a economia ao longo do ano, se houver uma retomada pode ser que haja um reaquecimento do setor, bem como uma esperada redução da taxa básica de juros também deve ser uma forma de estimular o setor, porque aí aparecem novos financiamentos”, explicou.
Composição do índice
No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, o indicador equivalente a Materiais e Equipamentos caiu 0,07% em março. Já a variação relativa a Serviços variou 0,88% em março. Já a variação referente ao índice da Mão de Obra subiu 0,27% em março.
A respeito deste cenário, o economista Felipe Queiroz ressalta a baixa expectativa de crescimento da economia e como isso impacta o setor: “Então nesse cenário que nós temos observado é o nível de atividade da economia geral já bastante baixo, economia crescendo no máximo 1% esse ano, de acordo com as expectativas, e uma taxa de juros muito elevada, isso aumenta o custo de produção”, elucidou.
Cidades pesquisadas
Cinco capitais apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Em oposição, Salvador e Porto Alegre apresentaram acréscimo na variação do índice. O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.