Data de publicação: 20 de Janeiro de 2023, 19:00h, atualizado em 20 de Janeiro de 2023, 19:52h
LOC.: A Polícia Federal realiza, nesta sexta-feira (20), operação de busca e apreensão na residência e em locais de trabalho do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O ex-secretário interino de Segurança Pública, Fernando Oliveira, também é alvo de mandados. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com a PGR, “o objetivo é buscar provas para instruir o inquérito instaurado para apurar condutas de autoridades públicas que teriam se omitido na obrigação de impedir os atos violentos registrados em 8 de janeiro em Brasília.”
Alexandre de Moraes determinou, no último dia 9, o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias por suposta omissão e conivência nos atos violentos que resultaram na invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. Paulo Henrique Costódio, advogado especialista em direito administrativo, afirma que o prazo de 90 dias pode ser prorrogado.
TÉC./SONORA: Paulo Henrique Costódio, advogado especialista em direito administrativo
“É importante destacar que esse prazo inicial de 90 dias, teoricamente, pode ser prorrogado, uma vez que a legislação não estabelece um período limitado para esse afastamento, essa medida cautelar.”
LOC.: Em nota, os advogados de Ibaneis Rocha, Alberto Toron e Cleber Lopes, afirmam que “a busca, embora inesperada, será a prova definitiva da inocência do chefe do Executivo do Distrito Federal".
No âmbito do mesmo inquérito, Moares determinou também a prisão preventiva do ex-ministro da Justiça e ex-Secretário de Segurança Pública , Anderson Torres, e do ex- comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fábio Vieira. O Plenário do STF referendou a determinação. Anderson Torres se entregou à polícia no último dia 14. Vieira está preso desde o dia 10 de janeiro.
Anderson Torres não se manifestou em seu depoimento à Polícia Federal, na quarta-feira (18), em Brasília. O silêncio foi orientação da defesa, que alega não ter tido acesso à investigação, mas afirma que após análise dos autos, Torres deve se pronunciar. Até o momento, 740 pessoas investigadas pelos atos de depredação tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Reportagem, Fernando Alves