Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Hemopa faz apelo por novos doadores

Instituição pede para a população aderir à doação de sangue e medula óssea

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Com a pandemia da Covid-19, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) registrou uma queda de 11% nas doações de sangue. Para mobilizar os paraenses a doarem sangue, a rede Hemopa conta com o Hemocentro Coordenador, localizado em Belém e, também, com uma estrutura descentralizada, composta pelos hemocentros regionais.

O Pará tem três hemocentros regionais, que ficam nos municípios de Castanhal, Santarém e Marabá. Essas unidades também recebem candidatos à doação de medula óssea. Com o objetivo de abastecer o banco de sangue e aumentar o número de doadores de medula, o Hemopa indica que os voluntários devem procurar o hemocentro regional mais próximo e permitir uma pequena coleta de sangue para averiguação do tipo sanguíneo e da compatibilidade. 

Logo depois, o cadastro é repassado para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão nacional responsável pelo gerenciamento das informações do doador e do paciente. Caso haja compatibilidade, o Redome entrará em contato com o doador para retirada das células.

Coordenação estadual

Apesar da redução causada pela pandemia do novo coronavírus, o presidente da instituição, Paulo Bezerra, afirma que o banco de sangue conseguiu manter os estoques bem abastecidos. No primeiro semestre deste ano, aproximadamente 46 mil doadores já passaram pela hemorrede, o que corresponde a 15% a mais do que as doações registradas no mesmo período de 2020.  

“Nós temos mantido uma regularidade na doação graças ao incentivo junto a toda população paraense e a conscientização sobre a importância desse ato de solidariedade. Temos mantido várias campanhas internas, caravanas, parcerias com instituições públicas e privadas que ajudaram a manter os estoques.”

Ainda de acordo com o presidente, o Pará possui mais de um milhão de candidatos a doação de sangue cadastrados na hemorrede. Em relação ao cadastro de medula óssea, a instituição já encaminhou cerca de 140 mil cadastros para o Redome. Paulo explica que esse número precisa ser ampliado para atender toda a população com segurança. Ele faz um apelo para que os cidadãos façam o cadastro e ajudem a salvar vidas. 

“O sangue é um produto que você não encontra em lugar nenhum, somente no braço de cada ser humano. Então, peço sempre para que a doação de sangue vire uma rotina na vida de cada um. A gente faz esse apelo para que não seja apenas uma única doação, mas que doe com regularidade para mantermos os estoques e atender toda a demanda hospitalar.” 

Atendimento regional

O hemocentro localizado em Castanhal, na região metropolitana de Belém, atende, principalmente, a quatro municípios, como Bujaru, Inhangapi, Santa Izabel do Pará e Santo Antônio do Tauá. A unidade está localizada na Rua Travessa Floriano Peixoto, Alameda Rita de Cássia, Conjunto Maria Alice, casas B-2 e B-3. O telefone é o (91) 3412-4400.

Já o hemocentro de Santarém, situado na região do baixo amazonas, fica próximo de sete cidades. Entre elas, estão: Alenquer, Prainha, Monte Alegre, Curuá e Placas. A unidade está localizada na Avenida Frei Vicente, número 696, entre as Alamedas 30 e 31 (Aeroporto Velho). Os telefones para contato são os (93) 3524-7550/3524-7560.
 
Quem mora nos municípios de Palestina do Pará, Brejo Grande do Araguaia, São João do Araguaia e São Domingos do Araguaia, pode procurar o hemocentro regional de Marabá, que fica no sudeste paraense. O endereço da unidade é Rod. Transamazônica, Quadra 12, S/N (Agrópoli do INCRA), telefones (94) 3324-1096/3312-9150.

Braço solidário

O técnico em segurança do trabalho Alan Costa, de 39 anos, mora no bairro da Pedreira, na grande Belém, e é doador de sangue e hemácias há quase 20 anos. Ele conta que comparece ao hemocentro entre três a quatro vezes ao ano para doar. Já são mais de 72 doações. 

“A doação de sangue é tão importante porque ajuda a salvar vidas. E é tão simples que não leva muito tempo, não te prejudica em nada e você consegue ajudar até quatro pessoas a lutarem por suas vidas. Então, para mim é uma caridade de fator inestimável.”

No ano passado, Alan doou plasma para ajudar em pesquisas científicas sobre um potencial tratamento de pacientes doentes pela Covid-19.  Ele também se cadastrou no Redome para ser doador de medula óssea e aguarda ansiosamente para encontrar um receptor compatível. 

“Sempre tem alguém que está em um leito do hospital querendo retornar para a sua vida normal, principalmente agora nessa situação da Covid em que a gente percebeu a fragilidade humana e o quanto as pessoas são importantes e significativas para gente.  Então, doando você está construindo um elo para vida ajudando pessoas a voltarem aos seus entes queridos.” 

Doação de sangue

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garante que doar sangue é possível graças ao SUS. “Vamos aproveitar essa oportunidade para reafirmar não só as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental. O sangue, ao longo do tempo, simboliza a vida. E, nesse sentido, é importante a doação regular. Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa.”
 

Onde doar sangue e medula óssea no Pará

Além dos hemocentros regionais, os voluntários à doação de sangue e medula óssea no estado podem procurar os hemonúcleos, que ficam nos municípios de Capanema, Tucuruí, Abaetetuba, Redenção e Altamira. A população também pode se dirigir até as unidades fixas nos shoppings da capital paraense ou até uma unidade móvel, quando essas estão em campanha. Para saber mais informações sobre endereços e horários de funcionamento das unidades, veja o mapa abaixo. 

Critérios para doação de sangue e medula óssea

De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, o procedimento para doação de sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e, depois, um lanche é servido. Isso tudo leva em média 40 minutos.

Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando RT-PCR negativo e ausência de sintomas. Já os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.

Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.

Candidatos à doação de medula óssea devem ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doença infecciosa ou incapacitante. Segundo o Redome, algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. No dia da doação, será preciso apresentar documento de identificação com foto. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea, acesse hemopa.pa.gov.br.

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