LOC: De acordo com o Hemocentro do Amazonas (Hemoam), em 2020 houve uma queda de até 40% no comparecimento de doadores à instituição. No entanto, o estoque da entidade está regular para todos os tipos sanguíneos, mas, para que o armazenamento se mantenha estável, é necessário que novos voluntários e doadores veteranos continuem a doar.
O Amazonas conta com unidades espalhadas por todo o estado. Elas estão presentes em Coari, Humaitá, Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga e Tefé. O órgão também faz um apelo por mais doadores de medula óssea. Nesse caso, os voluntários devem ir exclusivamente à sede do Hemoam, em Manaus, e se cadastrar.
Flávia Rezende, gerente de Captação de Sangue do Hemoam, diz que a instituição é a responsável por atender demandas de todos os hospitais públicos e privados da região
TEC./SONORA: Flávia Rezende, gerente de captação de sangue do Hemoam
“São 39 unidades hospitalares só na capital Manaus e também temos mais 44 unidades transfusionais e oito hemonúcleos, ou seja, são lugares que fazem a coleta e também conseguem fazer a transfusão. No total, são 52 municípios do interior em que o Hemoam se encontra. Isso a gente chama de hemorrede. Estamos conseguindo trabalhar para captar doadores e convidá-los para que toda demanda seja atendida.”
LOC: O hemocentro localizado em Coari, no centro amazonense, atende outros cinco municípios. Entre eles, Anamã, Beruri e Codajás. O telefone para contato é o (97) 98114-8831. Já o hemonúcleo de Tefé está mais próximo de duas cidades, Alvarães e Uarini. Quem mora em Itapiranga, Nova Olinda do Norte, Silves ou em outro município, que faz parte da microrregião do centro amazonense, pode procurar o hemocentro regional de Itacoatiara. O telefone para contato é (92) 99178-5484.
Igor Moreira Abreu, militar de 28 anos, é doador nato. E não só de sangue, mas também de plaquetas e de medula óssea.
TEC./SONORA: Igor Moreira Abreu, doador de sangue, plaquetas e medula
“Só dei importância a doação quando minha esposa foi diagnosticada com leucemia. Eu vi o quanto as pessoas sofriam e precisavam. Em 2020, fiz o cadastro e hoje sou doador de medula óssea. Eu espero que as pessoas um dia possam fazer com que os outros tenham a mesma alegria quando eu tive a notícia de que minha esposa estava em remissão.”
LOC: De acordo com a Coordenação-Geral de Sangue e Derivados do Ministério da Saúde, doar sangue é simples. Primeiro se faz o cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e depois um lanche é servido. Isso tudo leva em média 40 minutos. As unidades da Hemorrede do Amazonas adotaram os protocolos de contenção contra a Covid-19. As doações estão sendo realizadas por meio de agendamento prévio pela internet ou telefone, para evitar aglomerações.
Vale lembrar que até mesmo quem foi infectado pelo coronavírus pode doar sangue e medula óssea. No entanto, é necessário aguardar 30 dias após completa recuperação da doença. Quem teve contato com pessoas infectadas também precisa esperar 14 dias para poder fazer a doação, apresentando o RT-PCR negativo e a ausência de sintomas. Já os vacinados devem esperar o tempo de imunização, que vai depender da marca do imunizante.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar no mínimo 50 quilos. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com intervalo de três meses entre as doações. Já os homens podem doar até quatro, com intervalo de dois meses entre as doações. A doação é voluntária e uma bolsa de apenas 450mL de sangue pode ajudar até quatro pessoas.
Doar sangue e medula é seguro! Com a pandemia, todos os protocolos de contenção contra a Covid-19 estão sendo realizados. Para saber onde doar sangue ou se cadastrar para doar medula óssea no estado do Amazonas acesse hemoam.am.gov.br.
Reportagem: Gabriela Andrade